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Atriz e comediante comanda primeiro festival de humor do Brasil realizado numa casa de espetáculos

Renata Castro Barbosa falou ao Portal Eu, Rio! sobre o 1º Festival Humor Contra-Ataca no Qualistage

Por Edison Corrêa em 09/01/2024 às 14:51:27

Renata Castro Barbosa comanda o 1º Festival Humor Contra-Ataca no Qualistage. Foto: Divulgação

Uma dose cavalar de risos. Assim pode ser denominado o 1º Festival Humor Contra-Ataca, que será realizado na casa de shows Qualistage, na Barra da Tijuca, com fenômenos do riso que contabilizam milhões de seguidores em suas redes sociais. Afinal, Rafael Portugal, Flavia Reis, Leandro Hassum, Nany People, Os Melhores do Mundo, Igor Guimarães, Fábio Rabin, Sérgio Mallandro, Yuri Marçal, Paulinho Gogó, Léo Castro, Aarhon Pinheiro, Gui Albuquerque e Rômulo Belotti sabem que rir (ainda) é o melhor remédio. Não é à toa que a organização do evento pretende receber, em cada apresentação, mais de três mil pessoas nos quatro finais de semana. Serão oito dias voltados para as mais hilariantes histórias, temas picantes e engraçados, de 12 de janeiro a 3 de fevereiro, pela primeira vez numa casa de espetáculos do país.

Por falar em "organização", a curadoria do festival está nas mãos de uma atriz e humorista. Renata Castro Barbosa defende diversidade e boas gargalhadas. Festejando 50 anos e 40 de carreira, ela comandará o casting de quinze humoristas, com nomes que passeiam pela nova geração aos veteranos.

Renata é uma carioca que estreou como atriz na novela “Vale tudo”. Mas a artista ganhou destaque ao viver a doce Letícia em “Tieta”. Depois disso, durante dois anos, ela participou da aclamada série infantil “Caça Talentos” (que está sendo reprisada no Canal Viva) e depois passou mais dois anos como a divertida Gislene, a bigoduda rival de Marinete, na série: ”A Diarista”. Também estrelou as séries “Cilada” e “Alucinadas”, do Multishow, e fez parte do elenco de novelas como “O Profeta”, “Sete Pecados”, “Caras e Bocas” e “Amor à Vida”.

No cinema, atuou em dez filmes, como no longa “Ninguém entra, ninguém sai”, baseada em obra homônima, com direção de Wagner de Assis, de 2017, o último a atuar. Já na TV, fez participação em “Travessia” como a mãe de uma adolescente assediada na internet por um pedófilo. Com relação aos palcos, esteve em mais de uma dezena de peças, como os sucessos “Os Famosos Quem” e “Toalete”.

A veia cômica pulsa no seu DNA, afinal Renata é sobrinha-neta do humorista Castro Barbosa. Durante seis anos, a comediante fez parte do elenco do extinto “Zorra”, na Globo, onde chegou a estrelar ao lado de seu namorado, o ator Léo Castro, o primeiro quadro fixo do humorístico, chamado "Bia e Maurício", onde retratavam divertidas situações de um casal na quarentena provocada pela pandemia de Covid-19. As esquetes - que também eram exibidas numa versão maior no GShow - foram gravadas na casa da atriz.

Agora, depois do recheado currículo e de tantas aventuras, ela assina a curadoria do maior encontro de humor do Brasil, com perspectiva de se tonar um evento anual. O Portal Eu, Rio! conversou com Renata Castro Barbosa sobre o evento.

Portal Eu, Rio!: Você também é atriz/humorista e sobrinha-neta de um comediante. Como surgiu a ideia de juntar todas essas feras em um só local?

Renata Castro Barbosa: A ideia veio do próprio Qualistage. A Guacira Abreu (programadora da casa) e o Bernardo Amaral (diretor da casa), me chamaram, no meio do ano passado, querendo fazer alguma coisa com humor em janeiro. Eles conheciam meu trabalho como atriz e acharam que eu podia ajudar com a concepção de um festival que englobasse todos os tipos de humor.

PER: A realização da programação e a escolha do elenco de artistas foram feitas de que forma?

RCB: No começo, a gente pensou em vários artistas, vários tipos de humor e a ideia era fazer cada vez mais eclético. Levamos em consideração artistas que a gente admirava, claro, mas também quem o público gostaria de ver. Quem o grande público ainda não conhecia muito, mas que são maravilhosos e precisam ser vistos… Depois foi a trabalheira de fazer as agendas baterem, negociar datas e possibilidades… Foi uma loucura, mas estamos muito felizes com o resultado e com a certeza que será um sucesso!

PER: Você crê que o stand up comedy, um gênero de humor trazido do exterior, deu certo no Brasil?

RCB: Não tem como negar, né?! Hoje existem, inclusive, casas especializadas nisso. Muitos artistas novos e antigos fazendo sucesso e vivendo da sua arte com ele. Acho maravilhoso! Qualquer forma de arte que leve público ao teatro, que divirta e faça pensar, é um ganho para todo mundo.

PER: Vocês esperam três mil pessoas em cada espetáculo. A expectativa é alta. Você crê que será alcançada?

RCB: Não tenho a menor dúvida! Era um grande desafio, não dá pra negar, mas já estamos com os dias quase todos lotados! As vendas estão maiores do que esperávamos e, com os artistas que estarão lá, não tem como não dar certo. Começar o ano rindo, juntando os amigos e assistindo artistas tão incríveis… Não acho que tenha programa melhor!

PER: Aquele humor de Chico Anisio, Jô Soares e Os Trapalhões não existe mais. Como você enxerga e avalia a comédia da atualidade?

RCB: A sociedade mudou e o humor é um observador e um reflexo dessa sociedade…. Sempre que mudarmos a forma de ver o mundo, o humor vai modificar também. No meio disso perdemos e ganhamos coisas. Humor é tudo que te faz rir. Hoje, ontem e amanhã, pra mim sempre foi e sempre será sempre assim. Não importa de que tempo, de que maneira, a internet também faz parte dessa mudança. O que se é dito dentro do teatro, com pessoas que escolheram estar ali, não deveria poder ser julgado fora dali. Tudo fora de contexto é injusto. E, claro, que eu estou falando de humor. O que é considerado crime, pra mim, não é humor.

PER: Algum nome ou alguns nomes ainda não tão conhecidos do público que você acha que pode estourar?

RCB: Nossa, complicado isso…. Tanta gente boa por aí. Mas estourar.. Nem sempre quem eu acho que deveria estourar, vai. Mas tem muita gente boa que merece mais espaço e visibilidade. Todas as aberturas do festival, por exemplo, estão ali porque acreditamos que merecem serem mais vistas e mais conhecidas. São artistas que já estão na luta há algum tempo e que a gente quer que muito mais gente conheça, como Rômulo Pinheiro, Babu Carrera, Gui Albuquerque, Léo Castro e Aarhon Pinheiro.

PER: A ideia é que esse evento aconteça com alguma periodicidade?

RCB: Sim. Nossa ideia é fazer anualmente. E, a cada edição, trazer mais gente e todo tipo de humor.

PER: Deixe alguma mensagem para o público que assistirá esses humoristas no palco.

RCB: Que eles tenham certeza que vão ser noites incríveis! Como o público ficará em mesas, dá pra fazer aquele grupão de amigos, família e rir de doer a barriga, para entrar com o pé direito em 2024! Só venham! O resto deixa com a gente!



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