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Líder comunitária é presa suspeita de integrar milícia em Caxias
A Polícia Civil prendeu nesta quinta-feira. (28), em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense Cristina Almeida dos Santos, Josias Augusto da Silva Junior e Erick Silva Tavares, que figuram como investigados em tentativa de crime de homicídio qualificado e constituição de milícia privada.
No último dia 25, o trio perseguiu um morador da comunidade denominada Mirante do Pilar, formada por área de posse de terras da União, no bairro Pilar em Duque de Caxias, estando Erick armado com objetivo de matá-lo, contudo a vítima conseguiu fugir, abandonando com sua família a casa onde residiam.
Cristina, apesar de não viver no local, é presidente da associação de moradores do Mirante do Pilar ininterruptamente desde o início da ocupação das terras da União, em 2011, existindo atualmente cerca de 500 famílias e quase 2.000 moradores vivendo em condições precárias, sem fornecimento de água e luz pelo Estado.
A investigação apura atuação da milícia local e sua conexão com outras regiões do município, favorecidos por Cristina na condição de presidente da associação de moradores, havendo informações de cobranças extorsivas relativas a taxas de água, luz e da associação, onde o grupo age como poder constituído local legitimado pela força, coagindo moradores ao pagamento e determinando regras a serem executadas.
Além de taxas e cobranças de serviços, há o monopólio exercido pela associação de moradores no tocante a gestão da área invadida, avocando ilegítima e exclusiva competência como se a ela competisse a permissão e entrega de títulos precários de posse, sem valor legal, proibindo qualquer cessão realizada entre os particulares ali instalados.
Determinam ainda a distribuição dos lotes ainda não ocupados, promovem a venda do mesmo lote a mais de uma pessoa e cometem esbulho possessório, além de expulsarem moradores que tenham comprado lotes ou casas, sem autorização ou intermediação da associação.
Tais ações são apoiadas por milicianos armados, sobretudo no tocante a expulsão de moradores de suas residências, fato que ocorreu duas vezes nos últimos 20 dias.
Além dos mandados de prisão, foram cumpridos mandados de busca e apreensão resultando na apreensão de um veículo, objetos, documentos e extratos bancários que serão analisados no curso da investigação.
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Investigação foi realizada pela Decradi, unidade especializada no combate a crimes de preconceito
