A Justiça Federal do Amazonas rejeita tese de legítima defesa e acusados das mortes do indigenista Bruno Araújo Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips vão à júri popular
As mortes foram confirmadas durante a investigação, após a confissão de um dos réus, e quando os restos mortais das duas vítimas foram encontrados cerca de 10 dias após o desaparecimento do jornalista e do indigenista.
Em outubro do ano passado, o juiz Wendelson Pereira Pessoa, também da Justiça Federal em Tabatinga, já havia determinado que Amarildo da Costa de Oliveira, Jefferson da Silva Lima e Oseney da Costa de Oliveira, seriam julgados por duplo homicídio qualificado e ocultação de cadáver pelo Júri Popular. A decisão veio após o parecer do Ministério Público Federal, que fez o pedido à justiça.
Além dos três acusados, as investigações da Polícia Federal apontam Rubén Dario da Silva Villar, conhecido como “Colômbia”, como o mandante dos homicídios. Ele está preso em Manaus, acusado de outros crimes, entre eles, falsificação de documentos de identidade, por chefiar uma organização criminosa, pesca ilegal e contrabando. Amarildo está na Penitenciária Federal de Catanduvas, no Paraná, enquanto Jefferson e Oseney aguardam o julgamento na Penitenciária Federal de Campo Grande.
A defesa ainda pode entrar com novo recurso. A justiça ainda não marcou a data do júri popular.
Ouça no Podcast do Eu, Rio! a reportagem da Rádio Nacional sobre a recusa da Justiça Federal à tese de legístima defesa para os acusados de matar o indigenista Bruno Pereira e o jornalista Dom Phillips.
Agência Brasil