A cultura drag queen é uma arte que tem relevância artística, histórica, política, científica e humanista e foi incorporada à comunidade LGBT em meados dos anos 1960, nos Estados Unidos. Ela tem origem nas roupas usadas por homens que queriam exagerar na sua expressão de feminilidade. Pensando na valorização da cultura drag, será realizado, no dia 13 de abril, a 1ª edição do Festival Drag Zona Oeste, na Areninha Carioca Hermeto Pascoal, em Bangu.
O objetivo do Festival é oportunizar artistas e comunidades do entorno a conhecerem melhor a cultura drag, por meio de uma ação cultural com premiação em dinheiro para as três melhores apresentações. Ao todo, são mais de R$ 4 mil em premiações que serão disputadas por 20 drags.
As premiações estão divididas entre Prêmio Super Z.O; Prêmio Mídia, com maior compartilhamento e likes das candidatas no Instagram; Prêmio Torcida, para quem levar a maior torcida no dia do evento; Prêmio Presença Cênica; Prêmio Dublagem, definido pelo júri técnico; Prêmio Figurino, também definido pelo júri técnico; e Prêmio Make, com a melhor caracterização.
“O evento procura mostrar as drags como artistas (efetivamente são) inseridos na cultura brasileira, afastando os preconceitos dessa arte que gerou tantos e importantes ícones como Isabelita dos Patins e hoje mantém o espírito transgressor do passado, mas frequentam Reality Shows com enorme audiência mundial; são cantoras de sucesso, além dos inúmeros concursos por todo o país”, explica Sérgio Abrahão, diretor da ONG Subúrbio Carioca.
Para compor o evento, a Areninha Hermeto Pascoal será ambientada cenograficamente e a iluminação será por toda parte, dentro e fora do espaço de apresentação, incluindo a varanda e o bar. Haverá um "Dragdrop", com as marcas do fomento e do projeto, onde público e os artistas poderão ser fotografados. Além disso, haverá também uma feira gastronômica e de moda com 20 expositores que dará o tom comercial da economia criativa do evento.
O Festival Drag Zona Oeste também contará com DJ para atuar na ambientação sonora e para as apresentações das Drags e, pensando na acessibilidade, o evento disponibilizará uma intérprete de LIBRAS Drag no palco do evento. Para encerrar o festival, um show de artista identificado com a causa LGBTI+, que será divulgado em breve.
Alessandra Salazary, produtora executiva do projeto, reforça que o Festival é uma forma de levar entretenimento e difundir a cultura drag para combater o preconceito que paira sobre a população LGBTI+ na sociedade, ao legitimar em espaço cultural público uma ação feita por pessoas da cultura LGBTI+.
“Esses espaços, além das ações não serem serem fortalecidas, ainda sofrem um preconceito muito grande, e em um momento em que essa pauta está se fortalecendo cada vez mais, e sendo um dever dos equipamentos fortalecerem o acesso, não só a quem assiste, mas, também quem produz esses espetáculos, e colocarmos na cena a pauta da diversidade”, afirma.
PROGRAMAÇÃO:
O evento, com a feira cultural, começa às 17 horas, com recepção de Door Stefany Drag e contará com a Mestra de Cerimônia Alessandra Salazary. Os shows de abertura começarão às 19 horas com Monique Rayson e Lisa Williams. Nos intervalos, DJ Yanka Dahrk se apresenta e o show de encerramento fica por conta de Eleonora Dior, artista Cover da cantora Alcione. A festa seguirá até às 2 horas com a apresentação da DJ Yanka Dahrk.
SERVIÇOS:
Festival Drag Zona Oeste
13 de abril de 2024
Areninha Carioca Hermeto Pascoal - Praça Primeiro de Maio, s/n - Bangu, Rio de Janeiro
A partir das 17 horas
Entrada Gratuita