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Novo ministro da Educação Abraham Weintraub e sua trajetória até o governo Bolsonaro

Irmãos Weintraub participaram do período de campanha e de transição de mandato

Por Leonardo Pimenta em 09/04/2019 às 10:13:00

Foto: Divulgação

O presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, anunciou, nesta segunda (08), a nomeação do secretário-executivo da Casa Civil, Abraham Bragança de Vasconcellos Weintraub, como o novo ministro da Educação, em substituição ao ex-ministro Ricardo Vélez Rodriguez. 

Abraham Weintraub é economista, formado pela Universidade de São Paulo (USP), mestre em administração na área de finanças pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), trabalhou por 18 anos no Banco Votorantim, tendo sido office-boy, economista-chefe e diretor. Após a saída do Banco Votorantim, chegou a trabalhar na corretora Quest e foi professor de Ciências Contábeis na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). O ministro Abraham e seu irmão Arthur Weintraub, que é assessor da presidência da república, conheceram Jair Bolsonaro através do ministro Onyx Lorenzoni.  

Lorenzoni conheceu os irmãos Weintraub em um seminário internacional sobre Previdência, que ocorreu no Congresso Nacional em março de 2017 e, assim, passaram a integrar como colaboradores na pré-candidatura de Jair Bolsonaro à presidência. Quando o atual presidente Jair Bolsonaro foi eleito, tornaram-se parte da comissão de transição e participaram do projeto de reforma da previdência, apresentado à Câmara dos Deputados. A ideia inicial do ministro era de que fosse criado um sistema de capitalização chamado Poupança Individual de Aposentadoria (PIA), onde o contribuinte teria isenção tributária e poderia investir em diferentes ativos ou fundos, os quais complementariam o regime geral. Além da participação nas principais ações econômicas do atual governo, Abraham Weintraub também é defensor das teorias do filósofo Olavo de Carvalho, crítico das ideologias de esquerda e acredita que, nas universidades, existe um “marxismo cultural” que deve ser vencido.

Ministro e irmão tiveram conflitos com estudantes da UNIFESP por defender Bolsonaro   

Os irmãos Weintraub tiveram uma discussão com estudantes da UNIFESP em novembro de 2017, por causa de um texto a favor da independência do Banco Central, publicado pelo então deputado federal Jair Bolsonaro. 

Alguns centros acadêmicos da universidade publicaram uma nota pública fazendo críticas à parceria dos dois irmãos com Bolsonaro.

"Repudiamos a associação de nosso corpo docente à pessoa do senhor Jair Bolsonaro, já que coloca em jogo o princípio da instituição, e de nossos valores em defesa da educação pública, gratuita e socialmente referenciada", dizia a nota assinada pelo diretório acadêmico do campus e pelos centros acadêmicos dos cursos de Economia e de Relações Internacionais. 

Os irmãos responderam na época que “achavam impressionante que os estudantes de Economia os dessem "lição de moral", que eles deveriam deixar "de ser ridículos" e ter vergonha "por puxar a nota do campus lá para baixo e que aguardavam "ansiosamente pela Ditadura do Proletariado".

Na época, a resposta dos irmãos causou indignações e reclamações à ouvidoria da universidade.  As reclamações foram enviadas ao Comitê de Ética Pública da universidade, porém não teve prosseguimento.


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