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Raimundos celebra 25 anos de primeiro álbum com Fred na bateria e show recheado de sucessos

Antes, Ratos de Porão fez show arrebatador e politizado dos 30 anos de 'Brasil'

Por Rodrigo Rebechi em 14/04/2019 às 04:15:12

Foto: André Luiz Coutinho

Avalanches sonoras. Assim podemos definir os dois shows que aconteceram na noite deste sábado (13) no Circo Voador. Ratos de Porão, celebrando 30 anos do álbum 'Brasil' e Raimundos com os 25 anos do seu primeiro álbum. Um festival de rodas, moshes e até participações do público cantando alguns trechos. Os seguranças, sempre sisudos, deixaram o povo se divertir. Homens e mulheres (sim, nunca vi tanta mulher se jogando nos moshes). Dona Cislene abriu ainda para um Circo vazio, mas agradou.

Quando João Gordo e sua trupe pisou no palco, parecia o Armageddon. Um punk hardcore avassalador, entre berros e xingamentos ao presidente Jair Bolsonaro e o prefeito do Rio, Marcelo Crivella. E sempre com uníssono coro do público. Com letras politizadas, já sem a ditadura no país, o álbum "Brasil" tem músicas que o coro entoou, como "AIDS, Pop e Repressão" e "Beber até Morrer". Um show honesto.

Atração principal, os Raimundos subiram no palco e fizeram dois shows. O primeiro, celebrando o primeiro álbum de nome homônimo. Sendo o primeiro baterista da banda, Fred se sentiu em casa. E começaram com o petardo "Puteiro em João Pessoa". E seguiram com os demais sucessos, como "Palhas no Coqueiro", "Rapante", "Nega Jurema", e a balada sacana "Selim". Em "Selim", Digão chama o atual baterista Caio e usaram as duas baterias na música. O que era previsto: sairia Fred e ficaria só o Caio, certo? Errado. Fred e Caio tocaram juntos o restante do show, dando um peso no show de hits que vieram a seguir.

E haja hits: "Tora Tora", "Eu quero ver o oco", "Me Lambe", "I Saw You Saying", "Esporrei na Manivela", "O Pão da minha prima", "Mulher de Fases", entre outros sucessos. Era nítida a descontração dos dois bateras, entrosados e que pareciam que a banda possuía dois bateristas há anos. No fim, não teve bis e alguns pedidos do público, como "Deixa eu Falar". Mas teve um mosh de Canisso. Sim, senhores. Canisso se jogou nos braços do público. Valeu a pena esperar até o fim. E o rock nacional vive.

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