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Comunidades Jongueiras realizam encontro para promover cultura e educação

Idealizador do projeto, Jongo da Serrinha visitará 9 comunidades jongueiras no Estado do Rio durante 8 meses

Por Portal Eu, Rio! em 28/05/2024 às 15:51:53

Foto: Divulgação/Rui Zilnet

Patrimônio imaterial da cultura brasileira, o Jongo da Serrinha vem se sustentando no contexto social, cultural e político com muita luta e empenho em manter as raízes culturais afrodescendentes. Sempre em busca de novos meios e métodos de manter a comunidade da Serrinha voltada para o desenvolvimento e aprimoramento de todo potencial que habita no local, as mulheres à frente da Casa do Jongo não param e agora, nesta quarta e quinta-feira (29 e 30), darão início ao seu mais novo projeto: Encontro das Comunidades Jongueiras.

A pandemia fez com que o sonho do plano fosse adiado. Todo planejamento foi retomado no ano passado com os recursos provenientes da emenda parlamentar da Deputada Federal Talíria Petroni e do atual presidente da Embratur, Marcelo Freixo. O projeto foi tirado do papel e esse intercâmbio entre as comunidades, que tem o Jongo como matriz cultural e social, acontecerá durante os próximos oito meses.

A primeira comunidade que será visitada pelos integrantes do Jongo da Serrinha será o Quilombo de Santa Rita do Bracuí, localizado na cidade de Angra dos Reis. Durante os próximos meses, mais sete comunidades serão contempladas para que aconteça a convivência, o intercâmbio e a troca de saberes entre elas, que, neste primeiro momento, ficarão restritas ao Estado do Rio de Janeiro. O objetivo principal do projeto é que, futuramente, haja uma rotina periódica destas visitas para o fortalecimento político, social e cultural destas localidades que apresentam, cada uma, suas particularidades conforme o contexto que vivem.

“Fomentar a importância do Jongo dentro da cultura brasileira nessas localidades é uma forma de potencializar a abrangência e a importância, sobretudo social, que temos na vida das crianças e dos jovens das comunidades que pertencemos. O Jongo salva e modifica vidas. Precisamos disseminar essas ações. Vamos começar a nível estadual e futuramente queremos desbravar o Brasil e o mundo, chegando em Angola, local onde o Jongo teve origem”, conta Lazir Sinval, coordenadora cultural da Casa do Jongo.

Inicialmente serão abordados três temas fundamentais (O Jongo no Sudeste, a salvaguarda do Jongo e a preservação do Jongo como patrimônio imaterial) para que, juntas, as comunidades possam dialogar e através das maiores dificuldades, encontrar as soluções para as ações.

Além deste debate, haverá também contação de histórias, um projeto literário que foi inserido nestas visitas para enriquecer a experiência ancestral e cultural das crianças e jovens, feita pelos mais velhos, que irão trazer seus conhecimentos e de seus antepassados para explicarem toda a trajetória cultural do Jongo até os dias atuais.

“Essa visita servirá para fortalecer os nossos laços ancestrais de comunidades jongueiras tradicionais que somos, pois apesar de várias situações em comum vivemos em realidades territoriais bem diferentes e essa troca fortalecerá cada vez mais os nossos projetos e a nossa luta por mantermos as raízes culturais”, finaliza Luciana Adriano da Silva, líder da comunidade do quilombo do Bracuí.

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