Pesquisa realizada pelo Laboratório de Química Atmosférica, do Departamento de Química do Centro Técnico Científico da PUC-Rio, em parceria com a startup ZANE ECO BR – Ecoeficiência na Gestão de Frotas, concluiu que os novos veículos BRzt do Rio (2023, EURO 6) emitem 91 % menos Óxidos de Nitrogênio (NOx), em relação aos antigos articulados azuis (2015, EURO 5) que circulavam no Rio de Janeiro (RJ). O estudo piloto monitorou as emissões de (NOx), em três veículos articulados da mesma marca, com características similares, porém com anos e fases de fabricação diferentes: 2015, 2022 e 2023. O trabalho acaba de ser apresentado na II Semana Brasileira de Física Ambiental, realizado na Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT).
Em cada ônibus foi instalado um equipamento (Green IoT ZANE) integrados a sensores que medem em tempo real as emissões de (NOx), direto do escapamento durante o tráfego pela malha BRT TRANSOESTE. O modelo de 2015 (E12723c), que estava com ar-condicionado desativado, apresentou emissões de Óxido de Nitrogênio 30% superior ao veículo de 2022 (E902011). O de 2023 (E902275), Euro 6, ainda atingiu um nível 91% menor do que o do ano anterior (EURO 5), quando comparado ao de 2015, melhorando sua eficácia, em conformidade ao Programa de Controle de Emissões Veiculares (Proconve).
"O monitoramento das emissões é fundamental para entender como as políticas públicas e as novas tecnologias afetam a qualidade do ar que tem implicação direta na saúde da população, além de causar danos ao meio ambiente”, explica Adriana Gioda, coordenadora da pesquisa realizada.
A professora do Departamento de Química do CTC/PUC-Rio ainda completa: “É importante ressaltar que os veículos podem aumentar as emissões de gases poluentes ao longo do tempo, por isso é necessário uma manutenção e monitoramento de forma inteligente sobre eles”, conclui.