Revezando entre três narrativas que se passam no mesmo palco, mas em diferentes tempos, a obra “O Fim do Teatro” conta os conflitos de dois irmãos que herdam um teatro abandonado; a encenação da tragédia “Caim e Abel”; e os questionamentos de dois técnicos que lidam com os bastidores da produção teatral. O espetáculo está em cartaz no Teatro Glauce Rocha, no Centro do Rio, até 27 de junho, às quartas e quintas-feiras, às 19 horas, com sessão dupla na quinta (27), às 17h e 19h.
Escrito por Carolina Lavigne e André Sant’Anna, com direção de Marco André Nunes, tem no elenco Jean Machado e Eduardo Speroni, “O Fim do Teatro” compila três histórias e oferecem uma reflexão múltipla sobre a natureza humana, a finalidade do teatro e o que poderia ser o seu fim. O projeto tem como objetivo promover reflexões lúdicas e profundas sobre os bastidores do teatro, as complexidades das relações familiares, as angústias do pensamento e os diferentes caminhos que podemos seguir com as nossas escolhas.
“O teatro se assemelha a algo vivo, orgânico, e talvez a melhor atitude à frente dele seja respeitar o seu próprio processo de gestação e desenvolvimento. Há três anos, quando criamos esse projeto, nosso desejo era fazer um espetáculo que abordasse o desmonte cultural que vivíamos até então. Claro, que com todas as mudanças que vivemos, políticas e cotidianas, o projeto ganhou novos contornos, e nesse novo caminho a palavra Fim ganhou uma outra conotação: a finalidade”, explica Eduardo Speroni, um dos idealizadores.
Com o emaranhado de notícias bombardeadas em todos os tipos de mídias - catástrofes naturais, guerras, assaltos, acidentes, preconceitos - muitas pessoas visam esvaziar suas mentes e parar de pensar como estratégia de sobrevivência social e busca pela felicidade.
“Exaltamos aqui a importância e força que o teatro tem, ao questionar, refletir e propor novos horizontes. A construção dessa peça se deu a partir das ideias de toda a equipe, ganhando vida própria, crescendo, buscando espaço, e se configurando numa obra coletiva, que contempla os desejos dos envolvidos. Viva a magia do teatro”, completa Jean Machado, também idealizador do espetáculo.
De acordo com a direção, o "Fim do Teatro” busca entrelaçar o real e a representação como a maior forma de se conectar com as angústias em um momento onde a humanidade foge de lidar com os verdadeiros problemas e opta por se livrar dos pensamentos, de decisões e até de certas pessoas. “É através desse paralelo que parte o projeto, ao colocar o teatro como um grande recipiente, uma mente fora do nosso corpo, capaz de espelhar a realidade vivida e suspendendo a racionalidade em favor da experimentação e do risco”, explica o diretor Marco André Nunes.
SINOPSE:
Um teatro onde três narrativas se entrelaçam: a de dois irmãos que herdam esse palco; a de funcionários do local, cujas mentes pulsantes refletem sobre o mundo contemporâneo; e a da encenação do clássico Caim e Abel. Juntas, essas histórias oferecem uma reflexão múltipla sobre a natureza humana, a finalidade do teatro e o que poderia ser o seu fim.
SERVIÇO:
Espetáculo O Fim do Teatro
De 06 a 27 de Junho - Quartas e Quintas às 19h
OBS: dia 27 com sessão dupla - às 17h e 19h
Dias 19/06 e 27/06 sessão com acessibilidade Libras. Dia 27 na sessão das 17h.
Classificação: 12 anos
Duração: 75 minutos
Lotação: 204 lugares
Local: Teatro Glauce Rocha
Endereço: Avenida Rio Branco 179, centro - Rio de Janeiro - RJ
Telefone: (21) 2220-0259
Ingressos na bilheteria: R$ 30 Inteira / R$ 15 Meia entrada (apenas dinheiro ou pix)
Venda online Sympla: R$ 30 Inteira / R$ 15 Meia entrada + taxas da plataforma