Essa semana, precisamente na última segunda-feira (24) foi celebrado o Dia Internacional do Leite. Segundo dados do Ministério da Agricultura, o Brasil é o terceiro maior produtor mundial do produto, com mais de 34 bilhões de litros por ano, com produção em 98% dos municípios brasileiros, tendo a predominância de pequenas e médias propriedades, empregando perto de quatro milhões de pessoas.
Quando se fala desta bebida querida pelos brasileiros, também vem à tona diversos mitos relacionados ao consumo. O Médico Nutrólogo e CEO da Nutrohealth, Gustavo Medeiros , falou sobre os benefícios da bebida. “O leite é amplamente reconhecido como uma fonte valiosa de nutrientes essenciais para a saúde humana, especialmente em diferentes faixas etárias. Ele é rico em cálcio, um mineral fundamental para a formação e manutenção de ossos e dentes fortes, desempenhando um papel crucial durante a infância, adolescência e terceira idade. Além disso, o leite contém proteínas de alta qualidade, essenciais para o crescimento, reparo e manutenção dos tecidos corporais. Também é uma fonte notável de vitaminas, como A, D, B12 e riboflavina, que contribuem para diversas funções vitais, bem como de minerais importantes, como fósforo, potássio e zinco”, explicou.
Uma dúvida bem recorrente é sobre os tipos de leite integral, semidesnatado e desnatado e o impacto na saúde. “O leite integral contém todos os nutrientes naturais, incluindo a gordura, tornando-o mais calórico, mas também fornecendo vitaminas lipossolúveis e ácidos graxos essenciais. Por outro lado, o semidesnatado tem parte da gordura removida, reduzindo o teor calórico e de gorduras saturadas, mas mantendo a maioria dos outros nutrientes. Já o leite desnatado tem a maior parte da gordura removida, sendo a opção mais baixa em calorias e gorduras saturadas, porém com níveis potencialmente mais baixos de algumas vitaminas lipossolúveis”, contou o médico.
Muitas pessoas acreditam que o leite pode causar um processo inflamatório no corpo, Gustavo rebate este mito. “Não há evidências científicas sólidas que comprovem que o leite inflama o corpo de forma generalizada. No entanto, é importante reconhecer que algumas pessoas podem apresentar reações ou outros malefícios ao consumir a bebida, especialmente aquelas com intolerância à lactose ou alergia às proteínas do mesmo. Além disso, alguns estudos sugerem que o consumo excessivo de produtos lácteos pode estar associado a um risco aumentado de doenças inflamatórias, como acne, artrite reumatoide e alguns tipos de câncer, embora mais pesquisas sejam necessárias para estabelecer uma relação causal direta. No geral, é importante avaliar a resposta individual ao consumo dele e moderar a ingestão, se necessário, especialmente em caso de sintomas adversos. Importante sempre procurar um especialista no caos de dúvidas”, esclareceu.
Segundo o nutrólogo, o consumo de leite pode influenciar a digestão de várias maneiras, e algumas pessoas podem enfrentar problemas como intolerância à lactose ou alergia às proteínas do leite. “Nesses casos, é recomendado buscar alternativas adequadas, como leites sem lactose, leites vegetais (como de amêndoa, soja ou arroz), iogurtes ou queijos com baixo teor de lactose, ou suplementos de enzima lactase para intolerância à lactose, e evitar completamente produtos lácteos em caso de alergia ao leite, optando por leites vegetais”, finalizou.