A cultura popular no Rio de Janeiro está crescendo a todo vapor e ganhando espaço em diferentes vertentes. Como um evento só é pouco quando se trata de celebrar a arte, a cultura e, principalmente, o legado artístico de Amir Haddad, o Instituto Tá Na Rua irá promover dois eventos culturais paralelos. Assim, a 2ª edição do Festival de Teatro Amir Haddad e o projeto “Contágio: produção de afeto nos espaços abertos” acontecem no Centro Cultural Casa do Tá Na Rua e na praça dos Arcos da Lapa, proporcionando relações culturais férteis com todos os cidadãos, sem distinção de classe, gênero ou etnia, por meio das mais variadas linguagens artísticas. De 3 a 8 de julho, a partir das 14h, todo público passante poderá desfrutar de uma intensa programação cultural gratuita que contempla oficinas, cortejos, debates, filmes e espetáculos.
Ao longo de uma semana, a Lapa será um epicentro cultural com manifestações populares de arte pública que vão ligar a sede do grupo às ruas do bairro. Serão realizadas apresentações na praça dos Arcos da Lapa, num palco montado a céu aberto, tanto para os espetáculos do Festival de Teatro Amir Haddad quanto para o projeto “Contágio: produção de afeto nos espaços abertos”. “Nossa intenção é entrar em contato com a população da região durante o período e conversar com o povo sobre o seu direito de ser criativo, de desenvolver a sua cidadania e criatividade. É mais do que teatro, é um debate frente a frente com o cidadão. Isso não é um privilégio do artista, é um direito do ser humano”, pontua Haddad.
O projeto “Contágio - produção de afeto nos espaços abertos” é uma realização do Instituto Tá Na Rua, com o patrocínio da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro e da Secretaria Municipal de Cultura, por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura – Lei do ISS, e elucidará o conceito de como o vírus da cultura pode contaminar e principalmente contagiar as pessoas, com várias apresentações culturais, convidando o público a viver essa experiência única de conhecer a arte pública em diferentes esferas. Entre as atrações estão: o espetáculo “Arte Pública a Liberdade”, com artistas de rua; a oficina “Afrofunk”, com Taísa Machado; e uma conversa entre Pedro Cardoso e Amir Haddad, sobre “A Vida de Galileu”, de Beltolt Brecht.
Em comemoração aos seus 87 anos de vida e para celebrar os 44 do grupo Tá Na Rua, o diretor Amir Haddad realizará a 2ª edição do Festival de Teatro Amir Haddad, de 3 a 8 de julho, desta vez em um novo formato. Buscando ampliar o acesso de maior número de pessoas às atrações, algumas apresentações saem da casa centenária que abriga o TNR e se deslocam para o espaço de um antigo anfiteatro que fica na praça dos Arcos da Lapa. “Nosso objetivo é que a curadoria do Festival seja uma dramaturgia com começo, meio e fim. Mescladas ao longo dos sete dias de evento, teremos apresentações especiais com temáticas sobre ancestralidade, manifestações populares, ditadura militar, políticas públicas e o ofício do artista”, declara Máximo Cutrim, curador e idealizador do Festival.
Espetáculos como “O Recém Nascido”, com Pedro Cardoso; “Virginia”, com Claudia Abreu; “Re-acordar” com Amir Haddad e o grupo TUCAARTE; ensaio aberto de uma leitura dramatizada, de cenas de Shakespeare, com as atrizes Betty Gofman e Julia Lemmertz, e direção de Amir Haddad; exibição dos filmes “As Cadeiras”, com Marco Nanini e Camila Amado, e “Antígona 442 a.c”, realizado acerca da montagem de “Antígona” dirigida por Amir e encenada por Andréa Beltrão, fazem parte da programação do Festival, que é uma realização do Instituto Tá Na Rua, com o patrocínio da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro e da Secretaria Municipal de Cultura.
Como forma de prestigiar ações voluntárias que incentivam a cultura popular, este ano o Festival irá premiar dois projetos sociais de teatro voltados para crianças e adolescentes dos quais o diretor Amir Haddad é padrinho. A ONG “Entre o Céu e a Favela”, do Morro da Providência, com direção da atriz e ex-integrante do Tá Na Rua, Cíntia Santana; e a “Escola Fábrica dos Atores”, de Nova Iguaçu, sob direção de Alexandre Gomes.
“Um festival como este traz grandes benefícios e aprendizado para quem faz e para quem assiste. Todas as cidades, de todos os países, deveriam promover festivais de teatro com todas as camadas da população se manifestando dessa forma tão festiva. O teatro de rua é de grande importância para a cultura popular, assim como a cultura popular é de grande importância para o teatro de rua. Um não vive sem o outro. Teatro de rua é cultura popular”, reforça Amir Haddad.
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