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Saiba como funcionava o esquema fraudulento e os impactos do caso Americanas no mercado financeiro brasileiro

Aurélio Valporto, presidente da ABRADIN, comenta o desfalque com valor superior a R$ 25 bilhões

Por Cláudia Freitas em 08/07/2024 às 10:58:13

Anna Saicali e Miguel Gutierrez. Foto: Reprodução EBC

A ex-diretora das Lojas Americanas, Anna Christina Ramos Saicali, retornou ao Brasil no dia 1º de julho. Ela é apontada pela Polícia Federal e pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro como uma das principais responsáveis pelo esquema de fraudes fiscais nos balanços da empresa, considerado um dos maiores desfalques da história do mercado financeiro no Brasil, com valores superiores a R$ 25 bilhões. O economista e presidente da Associação Brasileira de Investidores (Abradin), Aurélio Valporto, explica, em entrevista à Web TV Eu, Rio!, como funcionava o esquema fraudulento e os impactos do caso no mercado financeiro brasileiro:

Anna Cristina se entregou à Justiça brasileira em Lisboa, Portugal, após a sua prisão ser revogada no Brasil. Ao desembarcar no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, foi conduzida pela Polícia Federal. A ex-executiva da Americanas não ficará presa, mas teve o seu passaporte retido. Já o ex-executivo da Americanas, Miguel Gutierrez, também apontado como um dos principais envolvidos nas fraudes fiscais, chegou a ser preso na Espanha, mas foi solto e não voltará ao Brasil. Ele precisa se apresentar à Justiça espanhola a cada duas semanas.

No dia 27 de junho, a Polícia Federal deflagou a operação Disclosure, que cumpriu 15 mandados de busca e apreensão nas casas de ex-diretores da companhia. A Justiça determinou a prisão preventiva dos 14 principais envolvidos no esquema, duas pessoas não foram encontradas pelos agentes, exatamente Ana Saicali e Miguel Gutierrez. Com isso, eles tiveram os nomes incluídos na chamada Lista Vermelha da Interpol, que são as pessoas mais procuradas do mundo.

Segundo o presidente da Abradin, Aurélio Valporto, os balanços da empresa eram maquiados para melhorar o desempenho financeiro e as ações automaticamente serem valorizadas. Com isso, a cúpula acusada desse crime ganhava prêmios milionários. Para enganar o mercado financeiro, os acusados criavam dois balanços empresariais: um verdadeiro e outro fictício.

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