Nessa semana, uma cena se tornou comum na manhã dos cariocas. Ao olhar pela janela, lá estava ela: branca, densa e silenciosa, cobrindo morros e alguns dos prédios mais altos, descendo próximo às ruas. A neblina, uma das figuras frequentes no inverno, tem sua beleza, mas altera a rotina dos aeroportos e dificulta a visibilidade em estradas e serras.
"A neblina consiste na umidade condensada próxima ao solo em forma de pequenas gotículas de água, quando a umidade relativa do ar geralmente está acima de 90% e o ar está calmo ou com vento fraco", explica o meteorologista Wanderson Luiz Silva.
É comum as pessoas se confundirem entre nevoeiro, neblina e névoa. Na verdade, o primeiro é o termo técnico utilizado para neblina. Já a névoa é menos densa que o nevoeiro. Segundo Wanderson, a diferença entre os dois fenômenos está na visibilidade. "Em um nevoeiro é possível enxergar até a distância de no máximo 1 km, além de ocorrer mais próximo do solo. Já na névoa, a visibilidade máxima vai até os 5 km, e fica mais distante do solo".
Para se ter ideia dos transtornos que podem ser causados, no Rio, o aeroporto Santos Dumont ficou fechado por até quatro horas para pousos e decolagens, e diversos vôos foram cancelados no início da semana. Outras cidades também tiveram problemas semelhantes como São Paulo e Curitiba.
No trânsito, a atenção deve ser redobrada. Recomendam-se o uso de faróis baixos, a redução da velocidade nas estradas, e ultrapassagens não devem ser realizadas. Todo cuidado é pouco.
Segundo o Centro de Operações da Prefeitura, este sábado terá a presença de névoa durante a madrugada e pela manhã. E o tempo fica estável, sem chance de chuva.