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Professor, historiador e babalawô, Ivanir dos Santos comemora 70 anos

Representante do movimento de luta pela tolerância religiosa e religiões afrodescendentes celebraram vida e militância no Museu do Samba

Por Portal Eu, Rio! em 18/07/2024 às 08:40:09

Fotos: Divulgação

O Museu do Samba, lugar de memória, preservação e representatividade da cultura afro-brasileira, localizado na Mangueira, foi o cenário perfeito para a homenagem ao Professor e Babalawô Ivanir dos Santos, que completou 70 anos. A festa reuniu amigos, admiradores e figuras influentes de diversas áreas, refletindo sua longa e rica trajetória de vida e militância.
Muitos são os títulos e deferências ao mestre, reconhecido por sua atuação em âmbito social, cultural, religioso e acadêmico, sendo uma referência na luta pelos direitos humanos e pela valorização das tradições afro-brasileiras. Durante o evento, foram compartilhadas histórias de sua longa jornada, com slides e fotos, destacando a importância de garantir liberdade e dignidade para uma população marginalizada, frequentemente invisibilizada pela sociedade.
O professor, que atuou em projetos que visam a reintegração social de jovens, ressaltou a urgência de olhar para aqueles que vivem à sombra das grades dos centros de reclusão. “São vidas que merecem ser ouvidas e valorizadas, não esquecidas”, afirmou Ivanir, emocionando seus convidados.
A comemoração contou com mais de 350 pessoas. Com representatividade, foi fortalecida ao som da Orquestra de Atabaques Alabê Fun Fun e Grupo de Samba Pede Teresa, e, finalizada com Coletivo Guri da Merck - Bateria Punho Forte. A festividade foi regada com uma típica feijoada carioca. A celebração foi também um tributo à cultura brasileira, reunindo músicos, artistas e intelectuais que, assim como Ivanir, dedicam suas vidas à promoção de um futuro mais justo e igualitário. Ou seja, a fusão perfeita.
Dos muitos convidados, um retrato de sua dimensão, construído há décadas. “Uma grande felicidade em celebrar a vida desse querido líder religioso e quadro político na luta por justiça social e igualdade racial. Melhor ainda é celebrar esse momento de vida ao lado do Kleber Lucas, da Helena Teodoro, da nossa griot e do Antônio Pitanga”, afirmou Benedita da Silva.
A comemoração, além de marcar uma data especial, serviu como uma reflexão. Ivanir dos Santos segue sendo uma voz potente na luta contra as desigualdades, lembrando a todos que a mudança começa por cada um. O encontro foi mais do que uma celebração, foi um gatilho para pontuar esperança e a força da comunidade.
Ativistas e personalidades negras, políticos, acadêmicos, intelectuais, culturais, religiosos, acadêmicos e políticos marcaram presença, como a deputada estadual Renata Souza, que declarou: “Acompanho sua jornada, marcada pela defesa dos direitos humanos, dos povos de matriz africana e também sua sabedoria em ser um sacerdote presente e ativo na luta contra o racismo, LGBTfobia e a misoginia. Celebro os seus 70 anos e peço que os Orixás te banhem de axé, felicidades e caminhos abertos”. Outra parlamentar, também foi prestigiar o baluarte: “Comemorando os 70 anos do meu querido amigo Ivanir dos Santos. Desejo muita saúde, paz e uma vida iluminada! Que sua luta contra as injustiças sociais continue nos inspirando”, declarou Marta Rocha, também deputada estadual.
O evento foi devidamente corroborado por outras lideranças. “Uma honra festejar com esse mestre e parceiro. Meu maior respeito e consideração para esse irmão”, atestou o Pastor Kleber Lucas. “Festa linda para comemorar 7.0 do nosso amigo, ativista e Baba Ivanir dos Santos. Parabéns e todas as bênçãos!”, completou Kênia Mello.
Vários elementos contribuíram para a festividade: um ambiente repleto de alegria e emoção, fortalecendo a rede de solidariedade que caracteriza a militância de Ivanir dos Santos. Não foi apenas um marco na vida do professor, mas um lembrete de que a luta pela igualdade e pela justiça é contínua e deve ser abraçada por todos, como bem pontuou o ator Déo Garcez: “Obrigado pela sua história e trajetória de resistência e caminhada cheia de ações concretas a partir da luta social, racial e reparação da nossa ancestralidade.”

Padre Gegê, Mãe Márcia Marçal, Mônica Francisco, EDUCAFRO, Okinga, Cláudia Vitalino (UNEGRO), Geraldo Coelho – da Frente Favela Brasil, Sergio Niskier, antropólogo Jacques D'Adesky, sacerdotes, Pastora Neuly Barros, fotógrafos Vantoen Pereira JR, Zezinho, Willian Reis – conselheiros do AfroReggae, Carolina Santos – roteirista da tv globo, a documentarista Viviane D’Avilla, Ana Paula Brasil - Gerente de Valor Social na Globo, Totinho Capoeira, Mannu Ramos (Campos), Luna, Humberto Adami, da OAB, jornalistas, filhos, netos e uma gama de outras lideranças, passaram pela festa.

Ivanir tem uma jornada marcada por resistência, fé e luta. Sua trajetória começou com a defesa das religiões de matriz africana, levando a fundar a CCIR e o CEAP. Espaços de resiliência e fortalecimento, no combate ao preconceito. O livro "Marchar Não é Caminhar", de sua autoria, é uma das muitas expressões dessa trajetória, refletindo as experiências, mas a história de todos aqueles que lutam por um mundo mais justo. “Este título encapsula a essência da minha vida: marchar é resistir, mas caminhar é transformar. Aos 70 anos, olho para trás com gratidão e para frente com esperança. Agradeço profundamente a todos que têm caminhado ao meu lado. Que possamos continuar essa jornada juntos, sempre com coragem e determinação”, declarou Ivanir, que permanece firme em sua missão de transformar a realidade social do Brasil, entrega um legado e é hoje a base de inspiração para futuras gerações.
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