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Quebra de safra

Ouro na Rio 2016, Rafaela Silva perde o bronze por não saber usar a cabeça

Brasileira roda por colocar integridade em risco; Daniel Cargnin, bronze no judô, e Kelvin Hoefler, prata


Medalhista em Tóquio 2020, Daniel Cargnin ficou fora da disputa por medalhas em Paris 2024, depois de ser derrotado por um atleta do Kosovo. Foto: Alexandre Loureiro/Ascom COB

No judô, a campeã da Rio 2016, Rafaela Silva, perdeu a disputa do bronze contra a japonesa Haruka Funakubo, na categoria 57 quilos. Numa luta equilibrada, a brasileira, campeã olímpica, recebeu a terceira punição e foi eliminada.

Já o judoca Daniel Cargnin, bronze em Tóquio 2020, foi eliminado na primeira rodada dos 73 quilos. No skate street, o brasileiro Kelvin Hoefler terminou a competição na sexta colocação. Ele foi prata em Tóquio 2020.

No tênis de mesa, Vitor Ishy avançou para as oitavas de final. No tênis, Bia Haddad Maia foi eliminada da chave de simples. Mas continua na Olimpíada. Na estreia de duplas femininas, Bia e Luisa Stefani venceram Yuan e Zhang, da China, e garantiram vaga na próxima fase.

Já a dupla do tênis masculino, Thiago Wild e Thiago Monteiro, avançaram para as oitavas de final.

O vôlei feminino estreou com vitória nos Jogos de Paris. A seleção venceu o Quênia com facilidade por 3 sets a 0.

Ouça no Podcast do Eu, Rio! a reportagem da Rádio Nacional sobre o dia sem medalhas da participação brasileira nos Jogos Olímpicos de Paris.

Rafaela Silva chegou a uma disputa de medalha olímpica novamente nesta segunda-feira, 29/07. Oito anos depois do ouro na Rio 2016, a carioca enfrentou a japonesa Haruka Funakubo na disputa pelo bronze dos Jogos Olímpicos Paris 2024. Numa luta muito equilibrada, com mais de cinco minutos de golden score e duas punições para cada lado, a arbitragem interpretou que Rafaela usou a cabeça para defender um golpe, colocando a própria integridade em risco e acabou eliminando a brasileira da luta.

"É uma regra para proteger os atletas porque quando apoia a cabeça tem risco de lesionar a cervical ou coisa assim. Eu não consegui ver ainda o lance, mas é a regra e a gente tem que aprender a lidar. Não foi ao meu favor hoje”, disse Rafaela.

“Não sei o que é mais difícil, se é perder assim ou levar um ippon logo. Senti que estava crescendo na luta, ela queria a luta no solo, consegui algumas defesas, mas acabei ficando sem minha medalha no dia de hoje”, completou.

Rafaela contou que não conseguiu lutar 100% porque sofreu uma lesão no primeiro golpe da adversária na semifinal, a sul-coreana Mimi Huh. “Senti meu joelho, justamente a perna que eu uso para fazer meu principal golpe, o uchi-mata. Falei com a treinadora que estava com bastante dor. É uma lesão bastante chata. O médico me disse que uma das principais coisas dessa lesão é a falta de confiança e eu estava sentindo bastante incômodo. Tentei buscar, mas não consegui”, contou.

Rafaela Silva ainda volta aos tatames montados na Arena Champs de Mars para a disputa por equipes no próximo sábado, 03/08. A carioca, cria da Cidade de Deus, prometeu que vai buscar forças para conseguir sua segunda medalha olímpica, ao lado dos demais companheiros.

“Agora é tratar para buscar essa medalha por equipe. É a minha terceira edição de Jogos Olímpicos e tenho objetivo de ir até Los Angeles 2028. Minha história olímpica não acaba aqui", finalizou.

O judô brasileiro já conquistou duas medalhas em Paris 2024, prata com William Lima (66kg) e bronze com Larissa Pimenta (52kg), e chegou a 26 pódios olímpicos na história, a modalidade que mais contribuiu com as, agora, 153 medalhas olímpicas do Brasil na história. Nesta terça-feira, 30, é a vez dos judocas do meio-médio Guilherme Schimidt, quarto colocado do ranking mundial, e Ketleyn Quadros, primeira mulher brasileira a ganhar uma medalha em esportes individuais, o bronze em Pequim 2008.

Rafaela Silva foi eliminada por arriscar a integridade física, na interpretação dos juízes

A campeã olímpica na Rio 2016, como cabeça-de-chave, saiu de bye na primeira rodada e estreou somente nas oitavas-de-final. Com certa tranquilidade, venceu Maysa Pardayeva, do Turcomenistão. Dominando a luta, conseguiu uma chave de braço, obrigando a adversária a desistir do combate com menos de dois minutos de combate.

Na luta seguinte, enfrentou Eteri Liparteliani, da Geórgia. Numa luta em que não pareceu ser ameaçada, Rafaela conseguiu usar melhor sua pegada no judogi da adversária para aplicar com um uchi-mata (técnica em que se projeta o oponente usando uma das pernas e o quadril), que pontuou com um primeiro waza-ari. A atleta georgiana tentou, então, uma estratégia de se aproximar de Rafaela para tentar a luta agarrada, especialidade dos judocas da Geórgia. Mas não obteve êxito porque, numa posição dividida, chamada de “abraço”, a campeã olímpica levar a melhor sobre Lipertaliani, conseguindo um segundo waza-ari e encerrando a luta e classificando Rafaela para as semifinais.

Contra Mimi Huh, uma adversária que impõe dificuldade a Rafaela pela velocidade, a brasileira não conseguiu encontrar seu melhor judô. Foi punida no tempo normal e depois no golden score por falta de combatividade. Com 2:19 de golden score, a sul-coreana conseguiu uma imobilização para pontuar com waza-ari e encerrar a luta.

Rafaela foi para a repescagem contra a japonesa Haruka Funakubo. Aos 5:06 do golden score, a japonesa tentou um golpe e Rafaela se defendeu. O árbitro pediu a análise dos juízes de mesa. E Rafaela acabou eliminada da luta de maneira direta por, na interpretação dos juízes, colocar a própria integridade física em risco apoiando a cabeça no solo para evitar o golpe.

Daniel Cargnin, medalhista olímpico em Tóquio 2020, parou em atleta do Kosovo




Daniel Cargnin, medalhista olímpico em Tóquio 2020 na categoria meio-leve (66kg), fez a estreia contra um dos poucos adversários que não havia vencido neste ciclo, Akil Gjakova, do Kosovo. O adversário, mais alto e, portanto, com uma envergadura maior, usou uma estratégia de tirar a pegada de Cargnin e usar técnicas de solo para desiquilibrar o brasileiro. Foi assim que ganhou a primeira punição, mas que também conseguiu a primeira projeção ao brasileiro. Numa posição dividida, os árbitros chegaram a dar pontuação para o brasileiro, mas depois reanalisaram o lance e acabaram dando a pontuação para o kosovar.

Daniel Cargnin, medalhista olímpico em Tóquio 2020 na categoria meio-leve (66kg), fez a estreia contra um dos poucos adversários que não havia vencido neste ciclo, Akil Gjakova, do Kosovo. O adversário, mais alto e, portanto, com uma envergadura maior, usou uma estratégia de tirar a pegada de Cargnin e usar técnicas de solo para desequilibrar o brasileiro. Foi assim que ganhou a primeira punição, mas que também conseguiu a primeira projeção ao brasileiro. Numa posição dividida, os árbitros chegaram a dar pontuação para o brasileiro, mas depois reanalisaram o lance e acabaram dando a pontuação para o kosovar.




Time Brasil e RadioAgência Nacional

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