Um estudo inédito sobre asma grave no Brasil mostra que 60% dos pacientes não têm a doença controlada. Com isso, quase 70% têm histórico de hospitalizações. As informações são do Registro Brasileiro de Asma Grave (Rebrag). As pessoas diagnosticadas com asma grave são aquelas que fazem tratamento regular, e mesmo assim continuam apresentando os sintomas: falta de ar, cansaço, chiado no peito e as crises asmáticas.
A estimativa é de que 20 milhões de brasileiros têm asma, e 5 a 10% convivem com a forma grave da doença. Ou seja, o número absoluto pode chegar a 2 milhões de pessoas. Quando a asma grave não é controlada, pode causar muitas complicações, incluindo a perda da capacidade respiratória ao longo do tempo, o que não pode ser revertido com nenhum tratamento. As crises também vão se tornando mais graves, e o paciente fica mais suscetível a infecções por vírus respiratórios.
Atualmente, sete brasileiros com asma morrem por dia. Os idosos com a forma grave da doença lideram os óbitos. O pneumologista e coordenador do estudo, Paulo Pitrez, explica que a asma só está realmente controlada, quando a pessoa deixa de ter sintomas frequentes.
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Os casos graves devem ser tratados com medicamentos imunobiológicos. Por isso, uma pessoa asmática, que não melhore com os remédios tradicionais, como as bombinhas, deve ser reavaliada. Mas a pesquisa aponta que apenas 40% dos pacientes com asma grave do Sistema Único de Saúde fazem uso dos imunobiológicos. O pneumologista e professor da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, Mauro Gomes, explica que há duas opções disponíveis no SUS. Ele acredita que o baixo índice de uso desses medicamentos está relacionado com o desconhecimento sobre a forma grave da doença e seus tratamentos.
Fonte: Agência Brasil e RadioAgência Nacional