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Seis em cada dez pessoas com asma grave não têm a doença controlada no Brasil

Vinte milhões de brasileiros sofrem do mal, e até dois milhões apresentam sintomas mais agudos, como a perda de capacidade respiratória e vulnerabilidade a infecções

Por Portal Eu, Rio! em 30/07/2024 às 12:07:21

Foto: Tony Winston/Agência Brasília

Um estudo inédito sobre asma grave no Brasil mostra que 60% dos pacientes não têm a doença controlada. Com isso, quase 70% têm histórico de hospitalizações. As informações são do Registro Brasileiro de Asma Grave (Rebrag). As pessoas diagnosticadas com asma grave são aquelas que fazem tratamento regular, e mesmo assim continuam apresentando os sintomas: falta de ar, cansaço, chiado no peito e as crises asmáticas.

A estimativa é de que 20 milhões de brasileiros têm asma, e 5 a 10% convivem com a forma grave da doença. Ou seja, o número absoluto pode chegar a 2 milhões de pessoas. Quando a asma grave não é controlada, pode causar muitas complicações, incluindo a perda da capacidade respiratória ao longo do tempo, o que não pode ser revertido com nenhum tratamento. As crises também vão se tornando mais graves, e o paciente fica mais suscetível a infecções por vírus respiratórios.

Atualmente, sete brasileiros com asma morrem por dia. Os idosos com a forma grave da doença lideram os óbitos. O pneumologista e coordenador do estudo, Paulo Pitrez, explica que a asma só está realmente controlada, quando a pessoa deixa de ter sintomas frequentes.

Ouça no Podcast do Eu, Rio! a reportagem da Rádio Nacional sobre a ausência de tratamento adequado e regular aos casos de asma grave no Brasil.

Os casos graves devem ser tratados com medicamentos imunobiológicos. Por isso, uma pessoa asmática, que não melhore com os remédios tradicionais, como as bombinhas, deve ser reavaliada. Mas a pesquisa aponta que apenas 40% dos pacientes com asma grave do Sistema Único de Saúde fazem uso dos imunobiológicos. O pneumologista e professor da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, Mauro Gomes, explica que há duas opções disponíveis no SUS. Ele acredita que o baixo índice de uso desses medicamentos está relacionado com o desconhecimento sobre a forma grave da doença e seus tratamentos.

Os tratamentos caseiros são fortemente contraindicados pelos médicos, principalmente em crianças e adolescentes. De acordo com o Dr. Mauro Gomes, estes tratamentos atrasam a busca pelo diagnóstico e o uso das medicações corretas, podendo agravar ainda mais a doença e até levar ao óbito.

Os pesquisadores também explicam que a asma é uma doença remissiva. Isso significa que os sintomas podem desaparecer com o tempo, mas o paciente continua sendo asmático. Por isso, pessoas que tiveram asma durante a infância e adolescência devem manter o acompanhamento médico ao longo da vida, já que as crises podem voltar por exposição a algum vírus ou fator alérgico. Bebês que tiveram bronquiolite, principalmente pela infecção por vírus sincicial, têm maior tendência de desenvolver asma no futuro.

Por Portal Eu, Rio!

Fonte: Agência Brasil e RadioAgência Nacional

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