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Saque para a História

Mesa-tenista torna-se a primeira atleta paralímpica brasileira a disputar as Olimpíadas

Bronze no Pan 2023, Bruna Alexandre sonha agora com a medalha de ouro nos Jogos Paralímpicos de Paris


Amputada na infância, Bruna Alexandre é a terceira atleta paralímpica a disputar Jogos Olímpicos. Foto: Time Brasil

Não foi como ela esperava, mas Bruna Alexandre fez história no esporte olímpico nesta segunda-feira, 05. Ao entrar na mesa número 2 da Arena Paris Sud 4 ao lado de Giulia Takahashi para o duelo contra a dupla da Coreia da Sul na disputa por equipes dos Jogos Olímpicos, a mesa-tenista se tornou a primeira brasileira a disputar os Jogos Olímpicos e Paralímpicos. Elas acabaram superadas por 3 a 0 (6/11, 5/11, 8/11). Bruna ainda teve a chance de disputar uma partida de simples, contra Eunhye Lee, mas também não conseguiu a vitória: 3 x 0 (8/11, 5/11, 6/11). O resultado foi o que menos importou nessa noite mágica, em que pode ouvir os torcedores gritando seu nome nas arquibancadas.

“Foi uma noite muito especial. Vou lembrar disso todos os dias, é realmente inesquecível. Olha essa atmosfera, vou gravar um vídeo e ficar vendo sempre. Quero agradecer a todos os franceses pela torcida aqui para mim”, disse Bruna.

Com o jogo de hoje, Bruna repete o feito de duas atletas que são suas inspirações: a pioneira Natalia Partyka, da Polônia, que esteve nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Pequim 2008; e a australiana Melissa Tapper, que conseguiu o feito na Rio 2016, Tóquio 2020 e, novamente em Paris. Inspirar é o que Bruna também deseja fazer.

“Acho que é muito importante não só pensar no esporte, mas também na inclusão, no meu país e no mundo também, mostrando que tudo é possível, independentemente se você tem só um braço ou só uma perna”, contou.

A atleta de 29 anos, natural de Criciúma, Santa Catarina, já conquistou quatro medalhas paralímpicas: o bronze no Rio 2016 e a prata em Tóquio 2020 na categoria individual da classe 10 e dois bronzes por equipes nas mesmas edições. O objetivo é buscar o ouro na edição paralímpica, o que seria algo inédito para o tênis de mesa do Brasil. A experiência nos Jogos Olímpicos pode ajudar.

“Agora eu tenho o sonho de conquistar a medalha de ouro nos Jogos Paralímpicos. Tem muita diferença técnica do Olímpico para o Paralímpico e estar aqui vai me ajudar muito para o Paralímpico. Eu aprendi muito aqui e vou usar isso”, analisou.

Quem é Bruna Alexandre, mesa-tenista olímpica e paralímpica do Brasil?

Bruna Alexandre teve o braço direito amputado por causa de uma trombose devido a uma injeção mal aplicada com apenas seis meses de idade. O fato não impediu Bruna de praticar diferentes modalidades, como skate, futsal e, claro, o tênis de mesa. Nessa última, ela compete contra pessoas com os dois braços desde os sete anos.

A primeira convocação para uma seleção brasileira, a infantil, veio em 2006, antes mesmo dela conhecer a versão paralímpica da modalidade. Só aos 13 de idade é que ela começaria jogar com outros atletas com deficiência.

No caminho olímpico, foi bicampeã brasileira, contribuiu com a classificação da equipe aos Jogos Olímpicos Paris 2024 com a prata no Pan-Americano da modalidade (inclusive com uma vitória decisiva sobre Porto Rico) e garantiu o bronze nos Jogos Pan-Americanos 2023. Ela está entre as melhores do Brasil no olímpico e, também, no paralímpico. Em 2023, Bruna foi eleita a melhor atleta paralímpica de 2023.

Time Brasil

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