Com a popularidade do setor de games e e-Sports, surgiu uma preocupação para gestores e demais stakeholders que compõem esse universo: o doping. A modalidade de e-Sports exige dos atletas resistência, reação e pensamento ágil.
Desde 2015, após o caso de Kory “Semphis” Friesen, jogador da modalidade de Counter-Strike, que admitiu o uso de Adderall, uma droga estimulante, o doping passou a ser um tema crítico no cenário de e-Sports.
Bruno Cassol, sócio do escritório Marques & Oliveira Advogados, responsável pelo setor de games e e-Sports, explicou como a prática ocorre no ambiente de jogos eletrônicos. “Ocorre no e-Sports através do uso de cheats, hack, software de terceiros, ou ainda manipulação do código fonte do jogo” - detalha.
Manuela Oliveira, também sócia do núcleo de games e e-Sports do escritório Marques & Oliveira Advogados, alerta que “o doping genético representa uma fronteira perigosa e, apesar de sua aplicação nos e-Sports ainda ser incipiente, já levanta sérias preocupações éticas e legais”.
A crescente sofisticação das técnicas de doping, tanto no campo digital quanto no biológico, sublinha a necessidade urgente de regulamentações mais rígidas e conscientização entre os atletas e seus gestores. “O doping, em qualquer forma que se manifeste, não só compromete a integridade da competição, mas também coloca em risco a carreira e a reputação dos jogadores”, conclui Cassol.