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Operação Verum

Dono do PCS Saleme, Walter Vieira é preso em diligências contra fraude em testes de HIV

Responsável pelos laudos e dono do laboratório que examinou doadores de órgãos contaminados, médico é tio de ex-secretário de Saúde, deputado federal Dr Luizinho (PP)


Polícia Civil cumpriu mandados na sede do PCS Saleme, em Nova Iguaçu, para busca e apreensão de documentos comprovando as suspeitas de fraude em testes de HIV AIDS. Foto: Ascom Polícia Civil



A Polícia Civil do Rio deflagrou na manhã desta segunda-feira (14/10) a primeira fase da operação “Verum”, conduzida pela Delegacia do Consumidor (DECON). O objetivo da ação é identificar os responsáveis pela emissão de laudos falsos que resultaram no transplante de órgãos infectados com HIV para seis pacientes.

Agentes do Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE) cumprem 11 mandados de busca e 4 de prisão, na cidade do Rio e em Nova Iguaçu. Ao todo, 40 agentes participam da ação que já prendeu Walter Vieira, sócio do Laboratório PCS Saleme.

- O crime é inaceitável e atenta contra a vida e a dignidade humana. Não descansaremos até que todos os envolvidos nesse esquema criminoso sejam identificados e punidos de acordo com a lei. A vida de inocentes foi colocada em risco, e o Estado não permitirá que esse tipo de crime fique impune - declarou o governador Cláudio Castro.

O laboratório de análises clínicas PCS LAB Dr. Saleme, com sede em Nova Iguaçu, é um dos alvos das investigações. A suspeita é de que o grupo tenha falsificado laudos em outros casos.

- Determinei imediatamente a instauração do inquérito, atendendo a determinação do governador para que os fatos fossem investigados com maior rigor e rapidez. Conseguimos elementos para representar pelas cautelares junto à Justiça em tempo recorde, para que os culpados sejam punidos com a maior celeridade - disse o secretário de Estado da Polícia Civil, Felipe Curi.

A operação acontece um dia após a recomendação do Ministério Público à Secretaria de Estado de Saúde e Fundação Saúde para que adotem medidas de forma a aprimorar os procedimentos de análise das amostras de sangue de órgãos destinados ao Programa de Transplantes. Segundo o MP, todos os testes deverão ser realizados exclusivamente pelo Hemorio , o Instituto de Hematologia estadual, especializado no tratamento de doenças hematológicas primárias de alta complexidade. E, caso haja alguma incapacidade no Hemorio para atender ao programa de transplantes com exclusividade, que seja feito um prévio estudo quanto à necessidade de terceirização através de processo de licitação.
A recomendação expedida neste domingo pela quinta Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva da Saúde da Capital foi uma resposta do MP à descoberta de contaminação de pacientes pelo vírus HIV em transplantes de órgãos, a partir de exames falso-negativos de dois doadores.
Esses exames foram realizados pelo Laboratório PCS Saleme, contratado de forma emergencial pela Secretaria Estadual de Saúde, em dezembro do ano passado.
Depois disso, a Secretaria está testando novamente as amostras de 288 transplantados, após a contratação do laboratório, que abriu uma sindicância para apurar as responsabilidades pela falha.

`Polícia Civil, Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro e RadioAgência Nacional

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