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Polícia Civil explica sobre operação na Maré, nesta segunda

Ação provocou pânico entre moradores na comunidade

Por Mario Hugo Monken em 14/05/2019 às 13:50:56

A Polícia Civil do Rio divulgou uma nota explicando a operação que foi realizada na tarde da última segunda-feira (13) no Complexo da Maré, na Zona Norte da capital, que provocou pânico nos moradores e foi alvo de críticas por parte de ONGs que atuam no conjunto de favelas.

Segundo a corporação, a Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (DESARME) em ação conjunta com a Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) e apoio da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE) realizou ma operação na Comunidade Nova Holanda. A ação realizada a partir de informações de inteligência visava a localização de um traficante que atua naquela comunidade.

Durante a operação os policiais encontraram uma casa que serviria de base para os traficantes. No local foram apreendidos 15 tabletes de maconha, balança de precisão e cadernos com anotações do tráfico. As investigações prosseguem para localizar e prender os criminosos.

A CORE informou que, durante a operação no Complexo da Maré, encontrou três seteiras - buracos abertos na parede capazes de sustentar canos de armas - para efetuar disparos de fuzil automático nas equipes policiais em terra e nos blindados.

Entenda o caso

Em sua página de notícias, Maré Online, a Redes da Maré informou que, por volta de 15:40h de ontem, as favelas Nova Holanda, Parque Maré, Parque União, e Rubens Vaz teve início de uma operação policial da CORE com um helicóptero, chamado de "caveirão voador", dando voos rasantes e lançando tiros a esmo e de pelo menos três carros blindados circulando pela região.

Segundo a ONG, a operação aconteceu no momento da saída de alunos das escolas públicas e privadas dessas destas quatro favelas onde moram mais de 53 mil pessoas. Para a Redes Maré, esse tipo de ação descumpre normas e protocolos para atuação da polícia na Maré, incluídas na Ação Civil Pública da Maré, que determinam que as operações não ocorram perto de espaços escolares e em horário de fluxo de entrada e saída de alunos.

No momento da operação, diversas crianças estavam em aulas dos preparatórios para ensino médio, e fundamental, que aconteciam no prédio central da Redes. Além destas, outros 300 alunos do Curso Pré-Vestibular, Ensino de Jovens e Adultos (EJA) e Alfabetização para Mulheres tiveram as aulas canceladas. Postos de saúde foram fechados e moradores cerceados do direito de ir e vir.

A ONG alega que, desde o início da última semana, as favelas da Maré têm vivido uma série de violações de direitos em ações policiais. No último dia 6, foram oito mortes no Conjunto Esperança. Na mesma semana, nos dias 7, 8 e 10, houveram relatos da presença armada das polícias Civil e Militar do Estado do Rio de Janeiro em Marcílio Dias, sem qualquer nota ou posicionamento oficial destas instituições, mesmo após diversos questionamentos, por dias por parte da nossa equipe.

A Redes da Maré informa ainda que, ainda na manhã de segunda, houve notícias sobre ação policial em Marcílio Dias. A ação começou às 6h, com a presença do "caveirão voador" fazendo voos rasantes. Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Civil, essa ação foi em conjunto com da 65ª DP (Magé), e da Delegacia de Roubos e Furtos, que tinham mandados de prisão e apreensão.

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