Mais da metade dos moradores da cidade do Rio (58%) que pretende comprar um imóvel nos próximos seis meses tem a intenção de gastar até R$ 350 mil na aquisição – valor em linha com o esperado pelos vendedores que, em sua maioria (57%), desejam receber até R$ 350 mil pelo seu bem.
É o que apontou pesquisa feita em novembro com moradores de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre pela startup Loft, de serviços financeiros e de tecnologia para imobiliárias, em parceria com a Offerwise. A amostra, de 1.200 entrevistas, é representativa para a população dessas cidades e tem margem de erro de cinco pontos percentuais, num intervalo de confiança de 90%.
O Rio de Janeiro, aliás, é a única capital, dentre as analisadas, onde há esse alinhamento. Em São Paulo, Belo Horizonte e Porto Alegre, o valor planejado pelos compradores está sempre abaixo do esperado pelos vendedores.
Apesar do alinhamento de expectativas entre compradores e vendedores, há espaço para negociação: 52% dos vendedores responderam que estariam dispostos a conceder descontos, sendo que 39% deles abririam mão de até R$ 50 mil do valor total.
Dados mais recentes do ITBI (Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis) mostram que o preço médio das vendas na capital fluminense é de R$ 639 mil, acima da faixa de valor desejada pela maioria dos vendedores e bem acima do que a maioria dos compradores pretende gastar.
Quando perguntado sobre quais opções usaria para comprar um imóvel, 29% dos entrevistados afirmaram que pretendem recorrer a financiamento bancário por meio de programa do governo (como o Programa Minha Casa, Minha Vida).
O estudo também mostrou que o perfil da maioria dos compradores dispostos a gastar até R$ 350 mil é composto por jovens adultos com idades entre 25 e 34 anos (65%). Em relação a classe social, predominam as B, C e D/E.
Em relação aos clientes de classe A, a expectativa de gasto com a compra de um novo imóvel fica entre R$ 801 mil e R$ 2 milhões. Nessa faixa de preço, predominam o grupo de compradores entre 45 e 54 anos. Neste caso, a preferência é utilizar apenas recursos próprios para a compra.