Cabo Frio ganha projeto social da medalhista olímpica Adriana Samuel

O projeto social Escola de Vôlei Adriana Samuel completa 20 anos e comemora com a inauguração de um novo polo, em Cabo Frio (RJ), na Escola Municipal Professor José Francisco da Silveira Júnior, no bairro Jardim Esperança. O projeto é idealizado e coordenado pela medalhista olímpica Adriana Samuel. O objetivo é atender 100 crianças e jovens, de 7 a 17 anos, ensinando gratuitamente os fundamentos do voleibol e os valores que somente o esporte é capaz de transmitir.

A iniciativa, inaugurada no último sábado (14), conta com o patrocínio Master da Shell Brasil, por meio da Lei Federal de Incentivo ao Esporte, e apoio da Secretaria Municipal de Esporte de Cabo Frio.

“O esporte tem um papel social muito forte, especialmente em um país tão desigual como o nosso, ele funciona como um eixo organizador, desenvolve potenciais (muitas vezes adormecidos) e molda o caráter. Há 20 anos, eu trabalho com projetos sociais, e é gratificante ver como os alunos ganham um proposito, descobrem objetivos, se sentem acolhidos, adquirem confiança e senso de pertencimento. O vôlei me formou como pessoa, me abriu portas e mudou a minha vida, por isso a melhor forma de comemorar essa trajetória é inaugurando mais uma unidade da Escola de vôlei Adriana Samuel´, diz Adriana.

O patrocínio master ao projeto “Escola de Vôlei Adriana Samuel” é mais uma iniciativa da Shell Brasil para promover a inclusão social por meio da Lei de Incentivo ao Esporte. “Para nós, é uma alegria poder estar junto com um projeto que também acredita no poder transformador do esporte na vida das pessoas, além de contribuir para uma sociedade mais justa e igualitária”, comenta Glauco Paiva, gerente executivo de Comunicação e Responsabilidade Social da Shell Brasil.

Jovens do projeto homenagearam a apresentadora e ex-jogadora, Fabi Alvim

Fabi Alvim, bicampeã olímpica como líbero da seleção brasileira esteve presente na inauguração do projeto com Adriana Samuel. Várias crianças homenagearam a jogadora oferecendo cartazes com desenhos e fotos para a Fabi.

“Um abraço dessas crianças resume o quanto vale a pena estar aqui, quanto vale a pena o trabalho da Adriana, que é um esforço de muito tempo. Desde que ela parou de jogar, está à frente dessa batalha de seguir com esses projetos que são inspiradores. É uma honra estar aqui, ”diz Fabi Alvim

Trajetória nos projetos sociais

Duas vezes medalhista olímpica (Prata em Atlanta 1996 e Bronze em Sydney 2000), Adriana Samuel é uma figura marcante da história do esporte olímpico brasileiro. Além da carreira vitoriosa no vôlei de praia, Adriana tornou-se uma empresária de sucesso ao ingressar no universo do empreendedorismo sócio esportivo. Inaugurou a primeira escola de vôlei na orla de Copacabana, em 2004, que funcionou por 14 anos. Em 2014, o segundo polo da Escola de Vôlei Adriana Samuel foi inaugurado, no Parque da Vizinhança Dias Gomes, em Deodoro. A iniciativa funcionou por 7 anos e atendeu a mais de 90 alunos por mês. Em 2018, Adriana foi além do seu esporte de origem ao criar o projeto Sem Barreiras – que ensina vôlei, judô e atletismo

Atualmente, existem as seguintes unidades de projetos sociais:

Escola de Vôlei, com unidades no Parque Esportivo e Social do Caramujo - em Niterói, em Maricá e agora em Cabo Frio.

Gaming Parque, inaugurado em 2022, é um hub de atividades que usa o mobile para capacitar jovens em Esportes, além de oferecer aulas de Livestream, cursos complementares de inglês e iniciação à programação de Jogos, com unidades na Rocinha (RJ) e Vitória (ES);

Projeto Sem Barreiras, com aulas de judô, vôlei e atletismo. Unidades no Clube dos Servidores Municipais - no Estácio e no Complexo de Lins de Vasconcelos.

Sobre Adriana Samuel

Adriana é de Resende, filha do meio de três irmãos. Primeira a começar no vôlei seriamente, inspirou o caçula, Tande, a seguir seus passos no mundo do voleibol. Ainda menina descobriu o vôlei, aos 11 anos, na Escolinha do Clube Militar na Praia Vermelha. Aos 13 anos, começou a jogar no time mirim do Botafogo e, aos 17, já estava no profissional. Em 1992, Adriana fez o movimento mais importante da sua carreira: migrou das quadras para as areias, sem prever que esta decisão mudaria sua vida e a história do vôlei de praia no país. Já em 1996 brilhava com a sua parceira, Monica Rodrigues, de forma extraordinária, nas areias dos EUA, levando a primeira medalha olímpica de uma mulher brasileira - juntamente com a dupla formada pelas atletas Sandra Pires e Jaqueline Silva. Depois da prata histórica em Atlanta 1996, o próximo pódio de Adriana viria com o bronze em Sydney, em 2000, se consolidando como um dos maiores nomes do esporte no Brasil e no mundo. Hoje é empreendedora social e gestora de projetos que visam o patrocínio a atletas de alto rendimento, em diferentes modalidades olímpicas e paralímpicas.