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Derrota na prorrogação

Governo defendia votação antes do recesso, mas entrará o ano sem Orçamento da União definido

Atraso na votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias, concluída apenas nesta sexta, tornou meta inviável


Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco acatou argumento do relator e adiou a votação do Orçamento de 2025 para a volta do recesso parlamentar, em fevereiro. Foto: Agência Senado

Durante coletiva à imprensa após a sessão de votação de medidas do ajuste fiscal pelo Plenário, nesta quinta-feira (19), o líder do governo Jaques Wagner (PT-BA) afirmou que acredita ser possível votar o Orçamento de 2025 antes do recesso. Ele disse que o governo deve tentar mudar a posição do relator do Orçamento, senador Angelo Coronel (PSD-BA). Em nota divulgada à imprensa, nesta quinta, Coronel comunicou que o seu relatório final sobre o projeto da Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2025 deve ser votado na Comissão Mista de Orçamento (CMO) e no Congresso apenas no próximo ano.



O relator do projeto da Lei Orçamentária Anual de 2025 (LOA – PLN 26/2024), senador Angelo Coronel (PSD-BA), informou que o seu relatório sobre a matéria será apreciado no ano que vem. Em nota divulgada à imprensa na noite desta quinta-feira (19), Coronel afirmou que "apreciar a peça mais importante do parlamento merece cuidado e tempo, e por isso o nosso relatório ficará para apreciação" na Comissão Mista de Orçamento (CMO) e no Congresso Nacional "após o recesso parlamentar".

O senador disse entender a importância de avançar na apreciação do Orçamento. Ponderou, no entanto, que ainda precisa de informações consolidadas, referindo-se ao pacote fiscal do governo votado na Câmara e no Senado nesta quinta. "As alterações no salário mínimo, por exemplo, afetam significativamente despesas previdenciárias, benefícios sociais e metas fiscais, exigindo cálculos e projeções mais precisos", argumentou Coronel, na nota.

Relator, senador Ângelo Coronel planeja votar Orçamento 2025 apenas no ano que vem, para garantir apreciação cuidadosa

O relator também apontou que o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentarias (LDO – PLN 3/2024) foi aprovado nesta quinta no Congresso com "centenas de emendas", que ainda serão objeto de apreciação pelo Executivo, com possibilidade de veto. Para Coronel, "sem uma base normativa plenamente definida e um cenário fiscal delineado por todos os elementos votados e sancionados, corremos o risco de produzir uma peça orçamentária desconectada da realidade".

"O objetivo não é retardar o processo, mas assegurar um documento que de fato retrate as prioridades nacionais, o equilíbrio das contas públicas e o compromisso com as metas de médio e longo prazos", registrou o senador.


Agência Senado e TV Senado

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