Sala do Artista Popular, no Catete, tem exposição com entrada franca

A última exposição de 2024 da Sala do Artista Popular (SAP), no Catete, está aberta até 16 de fevereiro. Esta é uma edição extra como uma extensão do Mercado Brasil de Artesanato Tradicional, com grande variedade de peças para presentear amigos e familiares, nesta época de celebrações de final de ano.

É também uma homenagem aos 40 anos do Programa SAP, dedicado à valorização e ao fomento da arte popular e do artesanato de tradição cultural no Brasil. Nesta exposição, foram reunidas peças de muitas mostras da Sala do Artista Popular - mulheres e homens indígenas, quilombolas, sertanejos, ribeirinhos, afrodescendentes, descendentes de imigrantes e moradores de periferias urbanas de todo o território nacional. Artistas que criam, recriam e transmitem seus conhecimentos a partir de uma diversidade de materiais e técnicas. Trabalhando com fios, fibras, papel, barro, ferro, madeira, sucata; trançando, esculpindo, bordando, pintando, grafitando, traduzem singularidades desses saberes tão plurais. O artesanato que passa de geração a geração, entre famílias e povoados, une o fazer artístico à matéria-prima local, gerando um mosaico da cultura popular brasileira.

Com entrada gratuita, a SAP Mercado Brasil de Artesanato Tradicional expõe peças que estão à venda, com o objetivo de fomentar o comércio sem intermediários entre artesão e consumidor e gerar renda a quem produz, principalmente nesta época de celebrações de final de ano.

Os 40 anos da SAP estão também homenageados na exposição “Nóis morre, as coisa fica”, em cartaz na Galeria Mestre Vitalino, com peças provenientes da Sala do Artista Popular que foram incorporadas ao acervo do Museu de Folclore Edison Carneiro.

PROGRAMA SAP

A Sala do Artista Popular (SAP), criada em 1983, é um programa permanente de pesquisa, documentação, divulgação e fomento. Realizou mais de 200 exposições, a partir de pesquisas de campo e documentação fotográfica, com produção de catálogos etnográficos e vídeos-documentários, registrando e divulgando os processos materiais e simbólicos envolvidos na produção artesanal. O programa mantém este ponto de comercialização, em que os artistas estabelecem livremente os preços de suas peças, e que cria oportunidades de expansão de mercado, contribuindo para a divulgação das obras em larga escala, promovendo contato com o público, colecionadores e galeristas, o que gera encomendas e convites para novas mostras, palestras e oficinas. Outra dimensão fundamental é o estabelecimento de parcerias locais com entes públicos e privados, potencializando a rede de envolvidos na sustentabilidade dessas tradições.

A SAP gerou desdobramentos em projetos de intervenção local e apoio à produção, circulação e divulgação: o Projeto Piloto de Apoio ao Artesão, de 1984; o Programa de Apoio a Comunidades Artesanais (PACA), que em 1998 resultou na criação do Programa Artesanato Solidário; e o Programa de Promoção do Artesanato de Tradição Cultural (Promoart), de 2009 a 2018.

Serviço

Sala do Artista Popular (SAP) / Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular

Rua do Catete, 179, Catete / RJ

E N T R A D A F R A N C A

VISITAÇÃO: terça a sexta-feira, das 10h às 18h; sábados, domingos e feriados, das 11h às 17h (fechado no dia 31 de dezembro e 1º de janeiro de 2025) / período: até 16 de fevereiro / mais informações: [email protected]