Moradores de Brás de Pina acusam PMs de ajudar traficante em guerra

Moradores de Brás de Pina, na Zona Norte do Rio, estenderam faixas no bairro acusando PMs do 16º Batalhão (Olaria) de apoiarem o traficante Álvaro Malaquias Santa Rosa, o Peixão, em uma guerra que está ocorrendo desde o fim de semana pelo controle da comunidade Cinco Bocas.

"16º BPM tem lado em guerra de facção. Lado do Peixão", "16º BPM. Anjos do Peixão. Corrupção", são as mensagens escritas nas faixas.

Ao mesmo tempo em que acusam PMs, os moradores também pedem paz no bairro. Segundo ele, essa guerra na Cinco Bocas, que acontece há alguns anos, já teria deixado ao menos 40 mortos.

Segundo relatos em redes sociais, desde o último fim de semana, quando ocorreu a invasão por parte do bando de Peixão houve pelo menos nove mortos, mas nenhum corpo foi encontrado. Os puxadores do ataque foram dois traficantes conhecidos pelos vulgos de Marrom e Dino.

A mãe de um jovem de 17 anos, que teria sido vítima desta guerra, postou mensagem no Facebook pedindo ajuda para encontrar o filho Rafael Magalhães Celestino, que trabalha como entregador de lanches:

"Peço encarecidamente, que se alguém souber do paradeiro do meu filho Rafael Magalhães Celestino, ele está desaparecido desde domingo 23:50, dizem que foi levado, não quero saber quem levou só quero meu menino de volta, eu imploro, devolva meu filho, vocês não imaginam a dor que estou sentindo, devolvam meu filho em nome de Jesus. Ele só tem 17 anos trabalhador, nunca foi envolvido com nada. Estou desesperada vocês não sabem a dor de uma mãe perder o filho sabendo que ele não fez nada para merecer isso."

A PM fez uma operação na comunidade Cinco Bocas na noite da última terça-feira (28). Na ação, um bandido foi ferido e três foram presos. Foram apreendidos dois fuzis, duas pistolas, munições e um radiotransmissor.

A Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado de Polícia Militar do Rio de Janeiro esclarece que a Corregedoria da Corporaçãodisponibiliza canais para receber denúncias de ações ilícitas envolvendo policiais militares, garantindo o anonimato do denunciante. As denúncias podem ser encaminhadas pelo WhatsApp através do número (21) 97598-4593; pelo telefone (21) 2725-9098 ou ainda pelo e-mail[email protected].br.