Na luta contra o racismo

Mangueira fecha primeiro dia com enredo sobre povo bantu e passa sufoco com tempo de desfile

Comissão de Frente, na qual figuras do povo banto se transformavam nos "crias" das favelas, foi um dos pontos fortes


Fotos: Edison Corrêa/Agência Eu, Rio!

Com um samba considerado simples, a Mangueira transformou a Marquês de Sapucaí com a bateria, que empolgou o público do início ao fim. A agremiação falou sobre o povo bantu e a influência dos primeiros africanos escravizados no Rio de Janeiro.


O desfile contou com figuras emblemáticas na luta contra o racismo, como a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, e o motoraxista Thiago Marques, que pilotava a moto com um estudante confundido com um assaltante e baleado por um policial no dia 24 de fevereiro.

A Comissão de Frente, na qual figuras do povo banto se transformavam nos "crias" das favelas, foi um dos pontos que mais agitaram o público, em especial, quando os dançarinos simulavam a forma de empinar uma pipa em meio aos chamados "passinhos", um jeito de dançar funk. A escola usou drones para fazer as pipas voarem, simbolizando o renascimento do povo banto, trazido à força ao Brasil e que "que floresce nas vielas".


Os povos bantos têm origem em países da África Central, como Angola, Gabão e Congo. Grande parte dos escravizados trazidos para o Brasil faziam parte desse grupo.


A escola também uma ala carregando grandes palavras que têm origem na cultura banto, como "dengo", "bamba" e "ginga".


No final, a escola teve de correr contra o tempo. Com 79 minutos e alguns segundos, a Mangueira passou do portão e cumpriu os 80 minutos regulamentares no laço.

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