Entre os dias 20 e 14 de julho, o Jardim Ecológico Uaná Etê, um verdadeiro paraíso eco cult em Sacra Família se transformará em um polo de arte e luz. É nesse período que acontece a 2ª Festa das Luzes da Mata Atlântica, transformando a paisagem da região com obras únicas de luz. A programação, reunindo luz, conhecimento, música, e muito contato com a natureza acontece no Vale do Café, região localizada a 2 horas do centro do Rio, a 1 hora e 40 minutos de Juiz de Fora e 4 horas e 30 minutos de São Paulo.
Com eventos de quinta à domingo, a abertura do jardim acontece a partir das 12h e se estende até as estrelas raiarem. No primeiro dia,Dany Roland, diretor de cinema, músico e ator, propõe um concerto minimalista com obras de Glass, Thiersen, e Einaudi, com Cristina Braga e Ricardo Medeiros. Quando o sol se põe acontecem shows com artistas estelares: Danilo Caymmi, Eduardo Dussek, Joyce e Tutty Moreno, Oswaldo Montenegro e Zeca Baleiro, preenchendo o anfiteatro do Jardim com boa música, enaltecendo a cultura brasileira. Um baile de jazz, já com uma segunda sessão aberta por causa da enorme procura, com Mauro Senise e os anfitriões do jardim, Cristina Braga e Ricardo Medeiros, terá a participação do percussionista Frank Colón, mestre que tocou com Chet Baker e Aretha Franklin, além da bailarina Zoe Galinsoga, ensinando os passos no salão. Aos domingos, observação do sol para a família, guiada pelos astrônomos Eugênio Reis e Sérgio Lomônaco. No último sábado, o evento se despede com uma grande festa luminosa, comandada pelo DJ Ranieri,DJ Lucas Maria e convidados.
Responsável pela direção artística da Festa das Luzes está o aclamado iluminador cênico Paulo Cesar Medeiros. “É um enorme prazer fazer uma festa de iluminação com foco na natureza. Demais eventos de luzes que acontecem ao redor do mundo como em Tóquio, Lyon e Amsterdam, por exemplo, são realizados em ambientes urbanos. Aqui iremos iluminar as montanhas, as árvores, valorizando as nuances e aproximando o visitante de cada pedacinho da floresta”.
Cristina Braga, que assina ao lado de Ricardo Medeiros a direção musical do festival, conta que a inspiração para a Festa das Luzesnasceu de uma vontade de celebrar as estações, e que o solstício de inverno marca o início de um ciclo de luz: “A partir de 21 de junho os dias ficam cada vez mais claros até o solstício de verão. A Festa das Luzes da Mata Atlântica quer iluminar a natureza, o conhecimento, assim como tudo que há de belo e estimular o passeio por este Vale lindo que tem inúmeros atrativos. Além de ser a bacia de um rio vital, que mata a sede do Rio de Janeiro e São Paulo e reflete toda noite o cruzeiro do sul...”, ela conta.
A Festa das Luzes da Mata Atlântica é o único período em que oJardim Uaná Etê abre para visitação à noite, sendo o momento ideal para contemplar os famosos vagalumes, que dão nome ao local: “Uaná Etê” significa “multidão de vagalumes” na língua geral indígena. A cada 15 minutos, as luzes se apagam, permitindo que os visitantes apreciem a luz natural da lua e ouçam o barulho da noite.
Chegar ao Jardim com dia claro é uma das dicas dos organizadores. Com 22 jardins e bosques para passeio, o Jardim Ecológico Uaná Etê, que completa 5 anos de abertura em novembro, é dedicado à música. Possui um Labirinto da Música, o primeiro do tipo no mundo; o Bosque dos Sinos, com sinos de diversos países e sons; a Árvore das Infinitas Possibilidades, para enlaçar desejos; o Jardim dos Cristais sobre a importância dos cristais como instrumentos musicais; as Teias, entre árvores, para deitar e pensar na vida; trilhas e vários recantos que propõem relaxamento e conexão com a natureza.
Durante toda a Festa das Luzes o bistrô de Uaná, com cardápio do chef Cesar da Costa, oferece uma especialíssima gastronomia de inverno e luz - produtos da região são estrelas, e cervejas artesanais do Vale, vinhos e queijos estão prontos também para levar na charmosa cesta de piquenique. Aos domingos, será servido um brunch. “Muitos detalhes do jardim serão iluminados, as esculturas, os caminhos, colinas e trechos de bosques também, instigando a curiosidade e observação dos visitantes”, revela Ricardo.