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Inquérito apura omissão da CBF face a ofensas racistas contra atleta sub-20 do Palmeiras

Ministério Público Federal cobra da Confederação pedido de acesso à súmula do jogo, interrupção da partida e contestação da multa

Por Portal Eu, Rio! em 20/03/2025 às 10:56:52
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Alvo de ofensas racistas durante partida contra o Cerro Porteño pela Libertadores Sb 20, Luighi chorou ao comentar os ataques sofridos de torcedores da equipe paraguaia. Foto: Divulgação Conmebol

O Ministério Público Federal investiga possível omissão da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), no caso de racismo sofrido pelo jogador do Palmeiras Luighi Souza, de 18 anos. A agressão aconteceu na partida contra o Cerro Porteño pela Copa Libertadores Sub-20, em 6 de março. Torcedores paraguaios imitaram macacos e cuspiram na direção de atletas palmeirenses.

O inquérito civil apura uma suposta negligência na defesa do jogador, em ações que não teriam sido tomadas pela CBF, como: pedir acesso à súmula, questionar a interrupção da partida e não contestar a multa de US$ 50 mil dólares, considerada pequena, aplicada contra o time paraguaio.

Além disso, o MPF quer explicações da CBF sobre as declarações do presidente da Conmebol, Alejandro Dominguez. Na segunda-feira (17/3), ele usou uma analogia com macaco ao falar sobre clubes brasileiros fora da Libertadores, que seria como 'Tarzan sem Chita'.

Ouça no Podcast do Eu, Rio! a reportagem da Rádio Nacional sobre a investigação aberta pelo Ministério Público Federal sobre a eventual omissão da CBF diante dos ataques racistas ao atacante Luighi e as declarações do presidente da Conmebol comparando os clubes brasileiros à macaca Chita, do Tarzan.

Luciana Barreto foi ofendida nas redes sociais após cobrar resposta dos clubes brasileiros e da CBF a racismo no futebol

O telejornal Repórter Brasil Tarde, da TV Brasil, da EBC, mostrou o vídeo com a declaração. A apresentadora Luciana Barreto reforçou a importância de as confederações e clubes de futebol implementarem políticas antirracistas.

Mas, após o comentário, a jornalista foi alvo de ofensas nas redes sociais.

“Muitos desses comentários estão em espanhol. O que significa que tem muita gente se ancorando na possibilidade de estar fora do país e cometer crime de racismo. Agora, tem muitos brasileiros também cometendo crime contra mim. Eu queria dizer que vou, claro, denunciar. Já estamos tomando as providências legais. E o mais importante: ninguém vai me silenciar, não. A gente vai denunciar o racismo até o fim. Porque lugar de racista é na cadeia.”

Em nota, a Empresa Brasil de Comunicação repudiou as agressões racistas sofridas pela jornalista e anunciou que vai tomar as medidas judiciais cabíveis.

Já a CBF tem dez dias para responder os questionamentos do Ministério Público Federal.

Sobre o tema, o MPF marcou uma reunião, no dia 28 de março, com o ministro dos Esportes, o presidente da CBF e representantes da entidade JusRacial, autora da representação.

Por Portal Eu, Rio!

Fonte: RadioAgência Nacional

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