A Lagoa, na zona Sul do Rio de Janeiro, é o único bairro da capital a figurar no Top 10 do ranking dos bairros com as maiores taxas de condomínio do Sul e Sudeste do país. A região aparece na sexta colocação, com taxa média mensal de R$ 2.235.
O dado foi divulgado pela Loft, de tecnologia e serviços financeiros para imobiliárias. A empresa analisou 2,2 milhões de anúncios de imóveis residenciais disponíveis em abril nas principais plataformas digitais, abrangendo as maiores cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.
Os bairros Jardim Europa, Higienópolis e Jardim América, todos em São Paulo, concentram as maiores taxas de condomínio médio entre os bairros do Sul e Sudeste do país. A cobrança nas quatro regiões paulistanas supera os R$ 2.600 mensais.
Segundo Fábio Takahashi, gerente de dados da Loft, o valor da taxa condominial está relacionado ao padrão do imóvel e à infraestrutura oferecida.
“Em bairros de alto padrão, a busca por comodidades no prédio — como academia, piscina, gerador, portaria 24h e áreas gourmet — é maior e isso se reflete no custo mensal. É por isso que regiões como os Jardins e Higienópolis, com imóveis de alto padrão, ocupam o topo da lista”, afirma.
Takahashi destaca ainda que o valor do condomínio é uma das variáveis mais importantes na decisão de compra ou aluguel.
“É um custo fixo que impacta diretamente o orçamento mensal do morador e, uma vez estabelecido, dificilmente é reduzido ao longo do tempo”, explica.
Apesar de estar entre os bairros com condomínio mais caro, Lagoa apresenta preço médio de imóvel inferior ao de regiões paulistanas como a Vila Nova Conceição.
Na Lagoa, o valor médio dos imóveis é de R$ 2,9 milhões, com condomínio de R$ 2.235. Já na Vila Nova Conceição (SP), os imóveis valem, em média, R$ 5,3 milhões, com condomínio de R$ 2.440.