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Esquema da milícia Liga da Justiça envolveu assassinatos

Empresas de milicianos faturaram R$ 41 milhões entre 2012 e 2017

Por Mario Hugo Monken em 03/07/2019 às 14:00:34

Empresas de milicianos lavavam dinheiro.

O esquema de lavagem de dinheiro da milícia Liga da Justiça envolveu até assassinatos. Segundo investigações da Polícia Civil, os paramilitares mataram o proprietário de uma empresa concorrente com o objetivo de tomar o seu controle.

O crime em si envolveu a firma A. Castilho Alves, empresa de terraplanagem e extração de saibro. Seu dono,  Alexsander de Castro Santos, foi assassinado em junho de 2014 por um dos líderes da Liga da Justiça, Marcus José de Lima Gomes, o Gão. A conclusão foi da Delegacia de Homicídios da Capital. Após a morte, uma das firmas usadas para lavar o dinheiro da milícia assumiu o controle dos negócios.

Na operação de hoje, que envolveu o Ministério Público Estadual, buscou-se o sequestro de bens e bloqueio de contas de quatro empresas utilizadas para lavagem de dinheiro da milícia. As firmas de incorporação atuam na exploração de areia e saibro, na Baixada Fluminense, e chegaram a faturar R$ 41 milhões entre os anos de 2012 e 2017. Até o momento seis pessoas foram presas. 

De acordo com o Departamento foram investigadas as empresas Mácia Comércio e Extração de Saibro, Hessel Locações e Incorporações, Senna Terraplanagem e Jardim das Acácias Mineração pelos crimes de organização criminosa e lavagem de capitais.

A apuração apontou que a empresa Mácia é de propriedade de Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, irmão do chefe da milícia de Santa Cruz e Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, Wellington da Silva Braga, o Ecko. Já a a Hessel  fez movimentações de valores da Macla para a conta de Zinho. A Senna é de propriedade do pai da ex-esposa de Zinho. 
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