A Petrobras registrou o maior lucro de sua história para um trimestre : R$ 18,86 bilhões entre abril e junho deste ano. A cifra é 4,6 vezes o lucro líquido do trimestre anterior e foi impulsionada pela venda de ativos como a TAG, maior transportadora de gás natural do Brasil.
Desconsiderando-se os efeitos dos itens não recorrentes, o lucro líquido da Companhia foi de R$ 5,2 bilhões e o EBITDA ajustado R$ 33,4 bilhões.
O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) ajustado somou R$ 32,7 bilhões, 19% maior que no 1T19, refletindo o aumento do Brent e câmbio, que resultaram em maiores preços do petróleo.
O fluxo de caixa livre foi positivo pelo décimo-sétimo trimestre consecutivo, totalizando R$ 11,3 bilhões. Este resultado foi obtido através da melhora da geração operacional, pelos mesmos motivos que impactaram positivamente o EBITDA, e pela redução dos investimentos em relação ao 1T19.
No 2T19, a dívida líquida continuou sua trajetória decrescente, fechando em US$ 83,7 bilhões, uma redução US$ 11,9 bilhões em relação ao 1T19. No trimestre, houve amortização de US$ 2,2 bilhões, com novas captações de apenas US$ 488 milhões.
O índice dívida líquida/LTM EBITDA ajustado caiu para 2,52 vezes em relação ao de 2,89 vezes registrado no 1T19, aplicando os efeitos do IFRS 16 em todo período do LTM EBITDA ajustado de 2018. Uma vez expurgados tais efeitos, o índice teria sido 2,02 vezes no 2T19.
Com a expectativa da melhora do lucro líquido para o exercício de 2019, o Conselho de Administração aprovou a antecipação de distribuição de remuneração aos acionistas sob a forma de juros sobre o capital próprio (JCP) no valor de R$ 2,6 bilhões, equivalente a R$ 0,20 por ação ordinária e preferencial por circulação, superando os R$ 0,10 por ação do trimestre anterior.
Em mensagem aos acionistas, o presidente da estatal, Roberto Castello Branco, disse que a empresa pode se desfazer por completo da BR Distribuidora, que foi privatizada no mês passado.