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Investigação revela união entre milícias das Zonas Norte, Oeste e Baixada

Milicianos pretendem expandir os seus domínios para todo o Estado

Por Mario Hugo Monken em 05/08/2019 às 19:58:17

Investigação revela que Ecko se associou a Tandera e Macaquinho. Foto: Reprodução

Um processo que tramita na Justiça revela uma união entre as milícias que atuam nas zonas Norte e Oeste do Rio e na Baixada Fluminense. Segundo a investigação, Wellington da Silva Braga, o Ecko, chefe da Liga da Justiça, que tem atuação predominantemente na Zona Oeste do Rio, se associou a Danilo Dias Lima, o Tandera, que comanda o grupo paramilitar em Nova Iguaçu e em Seropédica, na Baixada Fluminense, e também a Edmílson Gomes Menezes, o Macaquinho, que age na Zona Norte (Morro do Fubá, em Campinho) e também na Praça Seca.

Há relatos de que os milicianos pretendem expandir os seus domínios para todo o Estado. Tandera, por exemplo, controla as localidades de Km 32 e Cabuçu, em Nova Iguaçu, e Jesuítas, em Santa Cruz, na Zona Oeste. Macaquinho conseguiu territórios na Praça Seca graças ao auxílio de milicianos subordinados a Ecko.

Os autos relatam incursão policial nos dias 15 e 18 de março de 2019 em um dos redutos criminosos de Ecko no Complexo de favelas do Rola, no bairro de Santa Cruz. Subordinados do bandido foram flagrados, com a utilização de um drone, ostentando fuzis e pistolas, sendo que, em uma das cenas, um suspeito aponta seu armamento, de dentro de um veículo branco.

Uma inteceptação telefônica flagrou a esposa de Luis Antonio da Silva Braga, vulgo Zinho, irmão de Ecko, em que ela fala em investimentos em instituições financeiras, que teriam relação com crimes de lavagem de dinheiro pela milícia.

Os milicianos, em regra, não possuem linhas telefônicas em seus nomes, mas sim em nome de terceiros e de familiares, de modo a dificultar as investigações criminais. Por isso, a polícia informa ser imprescindível a interceptação telefônica e a quebra de sigilo de dados de familiares diretamente relacionados aos milicianos. A mulher do miliciano Zulu, que foi preso, utilizava cinco linhas telefônicas diferentes com objetivo de ludibriar as investigações policiais.

Uma interceptação telefônica revelou que milicianos usavam uniformes militares e que o bando roubou um carro para participar da guerra pelo controle de favelas da Praça Seca.

O inquérito policial teve início na DHBF (Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense) para a apuração de uma série de crimes supostamente praticados na Comarca de Nova Iguaçu: um homicídio, uma associação criminosa, um porte ilegal de arma de fogo e um crime ambiental de extração de pedra areia ou cal, em Seropédica. Ao todo, 23 pessoas são citadas.



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