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Famílias das vítimas do incêndio ainda aguardam indenização do Flamengo

O clube não se pronunciou sobre o assunto

Por Jonas Feliciano em 08/08/2019 às 20:19:30

Imagem: Reprodução do Facebook

Nesta quinta-feira (8), a ação movida pela Defensoria Pública do Rio de Janeiro (DPRJ) para bloquear o dinheiro das indenizações das contas do Clube de Regatas do Flamengo completa seis meses sem ser julgada. O processo se iniciou depois que um incêndio, no Centro de Treinamento do Ninho do Urubu, acabou vitimando 10 atletas de base do clube. Na ocasião, os jovens tinham entre 14 e 16 anos.

Movido no Juizado Especial do Torcedor e Grandes Eventos, em conjunto com o Ministério Público Estadual (MPRJ), a ação pretende garantir o pagamento das indenizações aos atletas sobreviventes e também aos familiares dos adolescentes mortos na tragédia.

Após o triste episódio, a DPRJ liderou uma força-tarefa, composta pelo MPRJ e o Ministério Público do Trabalho tentando negociar o pagamento da reparação por danos morais aos familiares das vítimas. O objetivo da iniciativa foi de evitar o ajuizamento de ações de reparação, que podem durar anos na Justiça. Após 11 dias, as negociações foram encerradas pelo clube, sem acordo.

Ainda em janeiro, a DPRJ e o MPRJ moveram a ação. A defensora Cintia Guedes, coordenadora Cível da Defensoria Pública e responsável pela força-tarefa, explicou que o processo está pendente da análise de um recurso do Flamengo para que o caso seja transferido para a Justiça Comum.

Das 10 vítimas, a Defensoria representa a família de Samuel Thomas, lateral-direito. Segundo a defensora, estão sendo analisados os melhores meios jurídicos para se buscar a reparação da família.

"Infelizmente a negligência da diretoria do Flamengo permitiu que 10 meninos fossem mortos, e nada irá diminuir a dor das famílias que perderam seus filhos. Mas a atitude dos representantes do clube, de barganharem os pagamentos das indenizações devidas, em um momento em que gastam milhões de reais com salários de jogadores, agrava a dor e a humilhação dos familiares", lamentou Cintia.

A reportagem do Portal Eu,Rio! procurou a assessoria de imprensa do clube para tentar um posicionamento sobre o assunto, mas até o fechamento desta matéria, não obteve nenhuma resposta.

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