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Testemunha que teria denunciado quadrilha formada por policiais foi assassinada

Ao todo, 23 policiais civis, entre eles delegados, foram presos


Uma testemunha que assinou acordo de colaboração premiada com o Ministério Público Estadual para prestar informações a respeito de uma quadrilha formada por policiais civis foi assassinada e contribuiu para investigações de fatos análogos aos narrados na denúncia contra os agentes. Não foram fornecidos maiores detalhes a respeito deste crime ainda.

Ao todo, 23 policiais civis, entre eles delegados, foram presos, mas o grupo tinha ainda PMs, bombeiros, agentes penitenciários e civis. O bando foi desarticulado no ano passado através da Operação Quarto Elemento.

Segundo a denúncia, havia uma organização criminosa composta por integrantes da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, bem como por terceiros que atuavam de forma a usurpar a função de agentes policiais, com o fito de praticar crimes de extorsão e concussão, tudo com o inequívoco interesse na obtenção de vantagens econômicas indevidas.

As irregularidades foram cometidas inicialmente na sede da 36ª Delegacia de Polícia, em Santa Cruz, na Zona Oeste da Capital, e depois na sede da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Niterói.

Os denunciados constituíram, organizaram, integraram e promoveram organização criminosa, estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, com o objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem econômica, mediante a prática de incontáveis crimes, notadamente os delitos de concussão; extorsão mediante sequestro; usurpação de função pública e corrupção.

A organização criminosa composta pelos denunciados montou um esquema de arrecadação de vantagens ilícitas, inicialmente instalado na 36ª Delegacia de Policia Civil e posteriormente transferido para a Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente - DPCA - de Niterói, consistente na exigência, seja por meio de violência, seja por meio de ameaças, de valores indevidos das vítimas, estivessem elas ou não envolvidas com algum tipo de ilícito.

O grupo criminoso contava com a participação de policiais civis e pessoas estranhas aos quadros da corporação (vulgarmente conhecidos como X-9) que levantavam informações acerca de possíveis alvos, via de regra, pessoas envolvidas com algum ilícito e que poderiam ser facilmente coagidas a efetuar a entrega de vantagens econômicas indevidas ao bando.

Uma escuta telefônica flagrou, por exemplo, dois suspeitos conversando sobre uma possível abordagem a um criminoso conhecido como Negro Drama, apontado como o principal roubador de cargas do Complexo da Pedreira, em Costa Barros, na Zona Norte do Rio. Um dos denunciados desejava saber se o bandido 'estaria pedido' (em alusão a um possível mandado de prisão pendente) e que, caso estivesse, iria com 'os caras' da equipe para abordá-lo.

Em outra interceptação, denunciados conversam sobre o valor de uma propina a ser paga para soltar uma pessoa. O policial disse que vai liberar o preso mas diz que vai ter que pagar R$ 10 mil e pede para ir depositando o dinheiro.

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