A Comissão Especial para acompanhar a Intervenção no BRT recebeu em audiência, nesta quarta (14), na Câmara do Rio, o engenheiro Luiz Alfredo Salomão, que foi o interventor nomeado pelo prefeito do Rio, Marcelo Crivella (PRB), para avaliar a gestão do corredor de ônibus. O ex-interventor, Luiz Alfredo Salomão, geriu por seis meses o BRT e elaborou um relatório final com vários pontos a serem realizados pelo consórcio, como a reconstrução da pista do corredor Transoeste, recuperação de estações, reabertura de trechos da Av. Cesário de Mello, investimento em segurança e a troca da atual frota por ônibus elétricos. No depoimento aos vereadores Átila A. Nunes (MDB) e Willian Coelho (MDB), Luiz Salomão apresentou o relatório final e considerou inviável entregar a Transbrasil pronta ainda esse ano.
Segundo Salomão, a Transoeste tem uma movimentação de usuários maior que o esperado com 100 mil pessoas a mais que os 135 mil previstos. Já a Transolímpica tem diariamente 34 mil passageiros por dia, sendo o número menor que os 70 mil esperados quando foi projetada.
Os vereadores Átila A. Nunes, Willian Coelho e Alexandre Arraes questionaram o ex-interventor sobre os contratos superfaturados realizados pelo consórcio, encontrados durante a intervenção.
Luiz Alfredo Salomão explicou que suspendeu vários contratos com fornecedores e que muitos tinham uma cobrança de 200% a mais que o valor de mercado.
BRT vigiado por câmeras de vigilância
A Câmara do Rio também aprovou a Lei n° 6.619/2019, de autoria do vereador Alexandre Isquierdo (DEM), que determina a instalação de câmeras de segurança nas estações do BRT.
A aprovação da lei faz parte de uma série de medidas que visam a prevenir assaltos, depredação e calote nas estações dos corredores da Transoeste e da Transolímpica.
O Consórcio BRT terá que instalar, até o mês de outubro, as câmeras nos terminais de embarque, sob pena de multa.