Atualmente preso, um dos principais traficantes de Japeri na Baixada Fluminense, Breno da Silva Souza, o BR, tentou falsificar um atestado de óbito para se esquivar de suas obrigações com a Justiça.
De acordo com investigações, ele e Giselle Milene do Nascimento coagiram uma terceira pessoa para que esta furtasse talonários de declarações de óbito junto à Divisão de Vigilância em Saúde da Coordenação Geral de Atenção Primária da Área de Planejamento.
O GAECO/MPRJ apurou que, de posse do talonário, Giselle falsificou o carimbo e assinatura de um médico para inserir no documento e apresentar a declaração de óbito, contendo dados falsos, no cartório onde conseguiu adquirir a certidão de óbito em nome do traficante.
Além disso, organizou junto a terceiros não identificados a emissão de uma nova certidão de nascimento, carteira de identidade, Cadastro de Pessoas Física (CPF) e Carteira Nacional de Habilitação para que Breno pudesse circular livremente. Os dois foram denunciados pelos crimes de furto, associação criminosa e falsidade ideológica.
Os fatos foram descobertos durante as investigações do inquérito policial instaurado pela Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) para apurar crime de associação para o tráfico de drogas no Complexo do Guandu.
Na ocasião, constatou-se o envolvimento do prefeito de Japeri, Carlos Moraes Costa, e do vereador Claudio José da Silva com o tráfico local, o que deflagrou a Operação Senones em julho de 2018, uma atuação conjunta do GAECO/MPRJ, Grupo de Atribuição Originária Criminal da Procuradoria-Geral de Justiça (GAOCRIM/MPRJ) e DHBF.
O Juízo da 5ª Vara de Família da Comarca de Nova Iguaçu decretou a anulação do falso registro de óbito em nome de Breno da Silva de Souza.