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Traficantes suspeitos de matar professor de luta no Andaraí agem como milícia em favela

Eles teriam se apropriado de prédio construído pela vítima após sua execução

Por Portal Eu, Rio! em 27/08/2019 às 11:58:27

Foto: Redes Sociais/Reprodução

Traficantes da Favelinha do Cruz, no Andaraí, na Zona Norte do Rio, estariam agindo como uma milícia, cobrando taxas de locatários de quitinetes que foram construídas na comunidade. A ação, segundo investigações, conta com o apoio da associação de moradores local.

Ainda de acordo com as investigações, as quitinetes foram construídas pelo professor de artes marciais Rodrigo Tawil Fernandes, o Rodrigo Cafu, que foi assassinado no dia 7 de março, na Rua Agenor Moreira. Os traficantes do Cruz são os principais suspeitos do crime e respondem a processo na Justiça pelo fato.

A morte de Cafu causou grande repercussão no bairro e na mídia já que se tratava de uma pessoa muito conhecida na região da Grande Tijuca. Ele era filho do ex-jogador de futebol Moacir Fernandes, o Cafuringa, que atuou pelo Fluminense. Além disso, voltava-se à projetos sociais em comunidades com o objetivo de ensinar lutas as crianças carentes.

Em razão do sucesso da sua empreitada imobiliária, Rodrigo, após a conclusão das suas primeiras atividades, partiu para a construção de um segundo prédio com mais 12 quitinetes no local, atitude que contrariou e chamou a atenção dos integrantes do tráfic que ocuparam e começaram a comercializar e cobrar taxas dos locatários, apropriando-se do patrimônio da vítima.

Segundo os autos, Rodrigo Cafu teria procurado um dos traficantes do Cruz para reclamar, chegando a afirmar que o prédio era dele e por isso teria o direito de colocar quem ele quisesse e desejasse no local. Na ocasião do embate verbal, o traficante teria retrucado: "O prédio é seu mas o morro é meu".

Afrontado, o traficante ordenou que dois comparsas seguissem e matassem Rodrigo, ação que foi cumprida, enquanto a vítima saiu da localidade com sua motocicleta.

Nos autos, há relatos de que os moradores do Cruz têm muito medo dos traficantes porque o Terceiro Comando Puro (TCP) assumiu no lugar da ADA (Amigos dos Amigos) e implementou o terror na região, cobrando taxas de moradores. Os bandidos, de acordo com informações, seriam responsáveis por duas execuções idênticas. Uma de um proprietário de um estacionamento e uma outra ainda carente de detalhes. Os traficantes chegaram a oferecer R$ 150 mil a Rodrigo pela garagem, o que não foi aceito.

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