Tráfico usava farmácia como centro de endolação e distribuição de drogas em Itaboraí

Uma farmácia localizada no bairro Marambaia, em Itaboraí, era na verdade um Quartel General do tráfico de drogas. A descoberta foi feita por policiais do Grupamento de Ações Táticas (GAT) do 35°BPM (Itaboraí), na noite deste sábado, dia 14 de setembro.

A Polícia agora vai investigar se a facção criminosa Comando Vermelho (CV) está utilizando outras drogarias legalizadas como ponto de endolação e distribuição para tentar escapar das ações policiais.

Os PMs realizavam patrulhamento de rotina e passavam pela Avenida Cabo José Rodrigues quando desconfiaram de dois homens que estavam ao lado de uma moto e demonstraram nervosismo ao perceber a aproximação da viatura.

Para tentar escapar da abordagem, a dupla entrou na Farmácia Kellever, localizada no número 627 da via. Os policiais conseguiram alcançá-los e durante revista encontraram uma pistola Glock calibre .40 com Wellington Martins da Silva, 20 anos.

Dentro da farmácia, os PMs se surpreenderam ao encontrar dois sacos contendo pasta base de cocaína, 40 pinos da droga já embalada e 130 sacolés de maconha, além de três carregadores de Glock; 13 munições de calibre 40; uma granada ofensiva; um simulacro de pistola; diversos matérias para endolação - incluindo 2 mil pinos para cocaína -; uma gandola camuflada; dois conjuntos completos de roupa camuflada Ghillie; uma capa de colete tático; quatro cadernos de anotação e cinco aparelhos de telefone celular.

O proprietário da farmácia foi identificado como Thiago Gonçalves de Oliveira, 39. Uma perícia foi realizada no estabelecimento e constatou que havia diversos medicamentos com data de validade vencida e empoeirados nas prateleiras.

Além de processar, preparar e distribuir, o local também vendia material entorpecente, mas não comercializava os remédios que eram exibidos como fachada.

A moto Yamaha Fazer vermelha placa KWY 8205 também foi apreendida. O terceiro preso foi identificado como Luan Roza da Conceição, 23. Os três foram conduzidos à Central de Flagrantes que funcionava na 74DP (Alcântara), onde permaneceram presos à disposição da Justiça.