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IG pede recuperação judicial e deixa usuários sem acesso às contas de e-mail

De acordo com muitos clientes, a plataforma não responde sobre a normalização do serviço

Por Jonas Feliciano em 20/09/2019 às 14:24:22

Reprodução da internet

O grupo IG Publicidade e Conteúdo Ltda entrou com um pedido de recuperação judicial no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP). Há cerca de dois meses, de acordo com muitos usuários, a plataforma não tem permitido o acesso às contas de e-mail's e isso tem gerado um grande transtorno. Principalmente, para quem possui contas comerciais ou armazenou conteúdos importantes em suas caixas postais eletrônicas.

O fotógrafo Jorge Hely é uma das pessoas prejudicadas com o problema de acessibilidade. Segundo ele, os responsáveis pela IG (Internet Group) não respondem mais e nem disponibilizam canais de comunicação com os internautas.

"Eu tinha uma conta de email há muitos anos. Há cerca de 3 anos, pagava para utilizá-la. Já faz dois meses que não consigo acessar minha conta e a IG não oferece suporte, inclusive, estou entrando com uma ação contra eles. Além disso, já existem vários relatos de outros usuários na internet e no reclame aqui falando do assunto. Pode parecer que não, mas é um transtorno enorme", lamentou.

Jorge também contou que, da última vez que obteve uma posição da IG,eles disseram que teria que aguardar, mas sem previsão de volta à normalidade.

"O pior que eu só tinha essa conta de e-mail e isso está me gerando uma dor de cabeça absurda. Sem contar em relação aos meus contatos comerciais. Não tenho noção do que eu já possa ter perdido de negócios. Tinha o e-mail há muitos anos e até então era fiel. Pagava todo ano pela conta comercial e todos os meus contratos e contatos constavam nele", explicou.

Desde 2004, a IG é uma empresa que atua como provedora de acesso à internet. Em 2004, passou a ser responsabilidade da Brasil Telecom. Em 2012, a empresa portuguesa Ongoing anunciou a aquisição do Portal IG que já era o quinto maior portal do Brasil. Até fevereiro de 2016, a empresa ofertava internet banda larga e email gratuito no país.

A partir de março de 2016, passou a realizar a cobrança de seus clientes para as manutenções de contas de e-mails já criadas, assim como pelas novas contas criadas que passaram a ser preservadas por meio de um plano anual de pagamento.

Vale destacar que na página da ouvidoria do grupo há cerca de 209 reclamações envolvendo o problema de acesso aos e-mails e a falta de respostas em relação ao problema. Em junho do ano passado, de acordo com o veículo português "Público", a Ongoing deixou um rombo nas contas do Novo Banco e do BCP. Ainda segundo o jornal, os valores chegaram próximo dos 700 milhões de euros.

Reprodução da internet


Reprodução da internet

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Esse total ultrapassou 0,3% da riqueza produzida em Portugal no ano de 2017. Isso também resultou na falta de possibilidade de recuperação dos créditos que teriam sido concedidos pelo então Banco Espírito Santo (BES) e pelo BCP à empresa liderada pelos executivos Nuno Vasconcelos e Rafael Mora. O nome da Ongoing também foi envolvido em outros escândalos sobre dívidas milionárias e o domínio de um grande conglomerado de comunicação.

A reportagem do Portal Eu,Rio! tentou contato pelos canais disponibilizados no site oficial da empresa, mas até o fechamento desta matéria, não conseguiu nenhuma tipo informação sobre o caso. Apesar dos fatos relatados, o portal de notícias IG continua no ar e ainda é possível registrar uma conta na plataforma.

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