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São Gonçalo lidera a estatística de mortes em confronto em 2019

De janeiro a agosto foram computados 1279 casos contra 1075 no mesmo período do ano passado

Por Mario Hugo Monken em 24/09/2019 às 16:15:48

Estatísticas do Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro (ISP) revelam as áreas do Estado onde ocorrem o maior número de mortes em decorrência de intervenção policial. De janeiro a agosto, foram computados 1279 casos contra 1075 no mesmo período do ano passado, um aumento de 16,2%.

Segundo os números disponíveis no site do ISP, a Área Integrada de Segurança Pública (AISP) 7, que compreende o município de São Gonçalo, lidera os números de autos de resistência. Foram 137 registros de janeiro a agosto.

Em segundo lugar, aparece a AISP 14, que reúne os bairros de Bangu, Realengo, Padre Miguel e adjacências, na Zona Oeste do Rio. A região possui várias áreas conflagradas como o Complexo de Senador Camará, a Vila Kennedy e a Vila Vintém. De janeiro a agosto, foram 102 registros de mortes em confronto com a polícia.

Na terceira posição da estatística está a AISP 12, que compreende Niterói e Maricá. Foram 94 ocorrências de janeiro a gosto deste ano.

Em quarto, aparece a AISP 24, que pega os municípios de Queimados e Japeri, na Baixada Fluminense. A região computou 93 registros nos oito primeiros meses de 2019.

Em quinto lugar, está a AISP 39, que abrange Belford Roxo, na Baixada Fluminense. Foram 89 casos.

Na sexta posição, está a AISP 15, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, com 76 casos.

Em sétimo, a AISP 41, que pega a região da Pavuna, Irajá, Costa Barros, na Zona Norte do Rio e que abriga áreas conflagradas como os complexos do Chapadão e da Pedreira. A região teve 75 mortes em confronto com a polícia no ano.

Em oitavo lugar na estatística dos autos de resistência está a AISP 20, que pega as cidades de Nova Iguaçu, Mesquita e Nilópolis, todas na Baixada Fluminense. Foram 69 casos.

Na nona posição, vem a AISP 3 que pega o bairro do Méier, na Zona Norte da capital, e tem áreas conflagradas como o Complexo do Lins. Foram 65 casos.

Em décimo, está a AISP 16, que abrange os bairros da Penha, Ramos e Olaria e reúne os complexos da Penha e do Alemão, na Zona Norte do Rio. Foram 53 registros.

Como curiosidade, a redução no número de casos em áreas que tiveram crescimento da atuação da milícia. Na AISP 27, em Santa Cruz, na Zona Oeste, houve apenas dois casos de janeiro a agosto contra 20 no mesmo período do ano passado quando o tráfico tinha influência na maioria das comunidades.

A AISP 18, de Jacarepaguá. onde se concentra boa parte das milícias, mas também tem a Cidade de Deus, teve 40 registros. Já a AISP 40, em Campo Grande, outra região de grande atuação dos paramilitares, foram só sete mortes.

Segundo a plataforma de dados Fogo Cruzado, de janeiro a agosto, foram registrados na Região Metropolitana do Rio, 1559 casos de confrontos envolvendo a participação de agentes de segurança. No mesmo período do ano passado, foram 1311 tiroteios com policiais.

Política de confronto

Quando assumiu o governo no início do ano, Wilson Witzel orientou os policiais a abaterem criminosos que estivessem portando fuzis. Apesar do grande número de mortes de inocentes em operações em comunidades em 2019, como de Ágatha Félix, de oito anos, vítima de bala perdida no Complexo do Alemão, o governador defendeu sua política de segurança.

"A sensação de segurança é nítida. Nós hoje estamos em um ritmo de trabalho como nunca houve na história do estado e isto está incomodando demasiadamente o crime organizado, pois eles sabem que vão sofrer mais perdas ainda e nós não temos a menor intenção de parar de fazer o que está sendo feito. No caso da menina Ágatha, não era uma operação. O que o tráfico e o crime organizado fazem é fustigar a polícia para que ela seja obrigada a enfrentá-los. A polícia não cria o confronto. Quem cria o confronto são as organizações criminosas", disse.

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