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Polícia Civil prende acusados de atrapalhar investigação de homicídios

Operação Submersus mira grupo investigado por sumiço das armas de Ronnie Lessa, apontado como executor da vereadora do PSOL e do motorista Anderson Gomes

Por Portal Eu, Rio! em 03/10/2019 às 13:43:40

Câmara dos Deputados realiza sessão solene para prestar homenagem a vereadora Marielle Franco e ao motorista Anderson Gomes Foto Agência Brasil Marcelo Camargo

A esposa e o cunhado do PM reformado Ronnie Lessa( acusado de ser o executor do assassinato da vereadora Marielle Franco e detido desde março deste ano) foram presos na manhã de quinta-feira (3/10), no âmbito da operação “Submersus”, deflagrada pela Polícia Civil e o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro. A operação visa cumprir cinco mandados de prisão, contra o próprio Ronnie Lessa, a esposa dele, Elaine Pereira Figueiredo Lessa, o cunhado de Ronnie, Bruno Figueiredo, e outras duas pessoas acusadas pelo crime de obstrução de Justiça. Os agentes também cumprem mandados de busca e apreensão em endereços no Centro, Zona Sul e Zona Oeste da cidade.

A denúncia do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ) à Justiça abrange Elaine, o irmão dela, Bruno Pereira Figueiredo,o empresário José Márcio Mantovano, vulgo “Márcio Gordo”, e Josinaldo Lucas Freitas, vulgo “Djaca”. As investigações sustentam que todos atuaram para impedir e embaraçar a investigação criminal que apura a participação de uma organização criminosa nos homicídios da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Ronnie e Élcio Queiroz, atualmente reclusos no presídio de Porto Velho, foram presos em março deste ano na operação “Lume” e são processados por serem os executores dos homicídios da vereadora e do motorista, e da tentativa de homicídio de uma assessora de Marielle, na noite do dia 14 de março de 2018.

De acordo com as investigações, na madrugada do dia 13 de março deste ano, um dia após a realização da operação que culminou na prisão de Ronnie e Élcio, um carro com quatro ocupantes tentou acessar o imóvel alugado por Ronnie na Rua Professor Henrique da Costa, no bairro do Pechincha, com o objetivo de retirar seus pertences do local. Na ocasião, os ocupantes do veículo foram impedidos de entrar no prédio pela administração do condomínio. No mesmo dia da operação, o GAECO/MPRJ cumpriu mandado de busca e apreensão em outro endereço vinculado a Ronnie, no Méier, apreendendo farto material bélico e centenas de peças para montagem de armas de fogo de grosso calibre, armazenadas em caixas de papelão.

Na tarde do dia 13 de março, Bruno conduziu “Márcio Gordo” até o apartamento de Ronnie e, de lá, o denunciado retirou uma grande caixa com pertences, como mostram as câmeras de segurança do condomínio, retornando em seguida ao veículo conduzido por Bruno. Na manhã seguinte, “Márcio Gordo” ingressou no estacionamento de um supermercado da Barra da Tijuca com seu veículo para dar continuidade a trama criminosa, lá se encontrou com “Djaca” e retiraram de dentro de um outro veículo caixas, bolsas, malas e rumaram para destinos diferentes. Enquanto “Márcio Gordo” seguiu para local ignorado, “Djaca” se dirigiu para a colônia de pescadores do Quebra-Mar da Barra, onde alugou os serviços de um barqueiro e atirou todo o conteúdo retirado do apartamento de Ronnie ao mar, sendo possível identificar armas de grosso calibre e peças para a montagem de armas. Uma pístola chegou a ser recuperada pelos mergulhadores, mas a perícia revelou tratar-se de uma réplica de brinquedo.

Ao chegar ao apartamento no Pechincha para cumprir mandado de busca e apreensão, agentes do GAECO/MPRJ e policiais civis encontraram um torno de bancada, duas chaves para montagem de fuzis, uma ferramenta utilizada no torno e caixas de papelão semelhantes as encontradas no imóvel do Méier, denotando que o local também era utilizado como depósito de armas pelo denunciado. A arma utilizada por Ronnie para executar Marielle e Anderson até hoje não foi localizada pelos investigadores.

As condutas que obstruíram os trabalhos desempenhados pelos investigadores levarão Elaine, Bruno, “Márcio Gordo” e “Djaca” a responder pelo crime de obstrução da Justiça, com pena prevista de três a oito anos de reclusão. Já Ronnie, além do assassinato, responderá por posse ilegal de arma de fogo de uso restrito, com pena prevista de três a seis anos de prisão. Os mandados foram expedidos pelo Juízo da 19º Vara Criminal da Capital.

Fonte: Com site do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro

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