No próximo dia 11 de outubro, o Circo Crescer e Viver vai celebrar os seus 15 anos de lona com a estreia do novo espetáculo "Clássico". O trabalho traz oito artistas que mostrarão ao público toda a diversidade, tradição e performance que expressa o virtuosismo do circo. "Clássico" tem apresentações de malabarismo, acrobacia, equilíbrio, contorcionismo, comicidade e números aéreos. A temporada segue até três de novembro, todas às sextas e sábados, às 20h, e nos domingos, às18h.
“Tínhamos uma ação bastante consolidada em São Gonçalo e fomos convidados para replicar essa atividade com crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social aqui na Praça Onze. O Rio de Janeiro nos levou a reposicionar a instituição. Ela tinha um caráter mais de uso de arte como transformação social. Com a vinda para o centro do Rio, no dia 11 de outubro de 2004, em uma lona de circo, identificamos a necessidade de fazer parte do circuito de arte e cultura da cidade”, conta Junior Perim, cofundador e coordenador executivo do Circo Crescer e Viver.
Ainda segundo os criadores do espetáculo, ele não apresenta uma linha dramatúrgica. O personagem Dono do Circo é feito pelo artista Djeferson Mendes, que apresenta os componentes desta trupe. O clown, que sublinha a destreza e a linguagem da tradição circense, tem a função de narrador e comunicador entre público e apresentação.
"Clássico é o Circo guardado no imaginário do público há tantas gerações. A força e a beleza de homens e mulheres, artistas que saltam das histórias fantásticas e se materializam diante dos nossos olhos. Aqui, a lágrima inundará o sorriso e transbordará o coração de alegria. O veludo veste o bizarro e os corpos explodem de pura magia no altar da arte itinerante: o picadeiro. Clássico é a arte do risco em forma de espetáculo”, resumiu Vinícius Daumas, intérprete do clown e responsável pela coordenação artística.
Em 35 anos de carreira, é a primeira vez que o músico Toni Platão assina a trilha original de um espetáculo. Ele divide a criação com o sanfoneiro Rodrigo Ramalho.
“São 12 números, 12 músicas. O mais difícil foi organizar o tema e as partes dentro da cena, da dinâmica. A música de abertura é o tradicional tema do circo, com uma roupagem nova, nossa trilha é contemporânea”, destacou Platão.
O diretor de arte do espetáculo, Rui Cortez, também dissr que a diferença desta produção é a inspiração no circo tradicional, o que fica claro no cenário e figurinos bastante clássicos, mas modernos e atuais.
“São 60 figurinos, todos nas palhetas de cor vermelho, dourado, preto e branco. O cenário é composto de tecidos vermelhos com franja dourada do circo tradicional clássico, com performances aéreas contemporâneas”, descreveu Cortez.
Além disso, a luz de Jorginho de Carvalho privilegia a alegria, mistério, emoção e cuidado para não prejudicar os artistas em números que oferecem riscos.
“No circo, a prioridade é a segurança. A luz utilizada na hora da apresentação do manipulador de chicote, por exemplo, não pode ter a cor azul, que para nós muitas vezes é romântica e confortável, mas para o profissional que está em cena, pode atrapalhar no momento mais importante de sua atuação. Estou mais feliz que pinto no lixo por estar envolvido, pela primeira vez, com o Circo Crescer e Viver”, comenorou Jorginho, que junto a Perfeito Fortuna, fundou o Circo Voador, no Arpoador.
Vale destacar que o Circo Crescer e Viver tem parceria institucional do Itaú Social e da Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro. Ele é patrocinado pela Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, Secretaria Municipal de Cultura, Lei Municipal de Incentivo à Cultura – Lei do ISS, BR Distribuidora, Operador Nacional do Sistema Elétrico e Amil. A lona ficará na Rua Carmo Neto, 143, Cidade Nova, em frente à estação de metrô Praça Onze. Os ingressos custam R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia). A classificação é livre.