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Câmara de Niterói homenageia psicanalista por projetos de combate a depressão

Média de suicídios no município é de 3,44 para cada 100 mil habitantes

Por Portal Eu, Rio! em 09/10/2019 às 09:58:39

Foto: Reprodução Facebook

O autor do projeto de lei que visa instituir a Semana de Conscientização da Luta contra a Depressão em Niterói, região Metropolitana do Rio, o psicanalista Lenilson Ferreira recebeu nesta terça-feira (8/10) o título de "Cidadão Niteroiense", concedido pela Câmara Municipal. A condecoração também é em reconhecimento do trabalho do profissional à frente do Grupo de Apoio à Pessoa com Depressão (GAP).

"O último levantamento feito em 2016 pelo Datasus, do Ministério da Saúde, registra a média niteroiense de 3,44 suicídios para cada cem mil habitantes, enquanto a nacional é de 5,01. Trata-se de um número muito expressivo e a depressão é a principal causa de suicídio no país. Estamos falando de uma epidemia mundial que só cresce. A ideia de criar a Semana é estimular o pensamento e provocar a discussão sobre a doença entre a sociedade civil e também estimular atividades em escolas, por exemplo, sobre o tema", ressalta Lenilson, que já publicou quatro livros na área de Psicanálise e é mestre em Ciências Pedagógicas pelo Instituto Superior de Estudos Pedagógicos.

O projeto do GAP já atendeu gratuitamente a milhares de pessoas desde o seu lançamento, há 10 anos. O grupo oferece orientações sobre a doença, que é a principal responsável por incapacitar pessoas no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Os encontros acontecem na última quinta-feira de cada mês, às 19h, na Associação Médica Fluminense (AMF), em Icaraí, e também são transmitidos pela página do grupo no Facebook em tempo real (https://bit.ly/2ne4R5Y). "Durante os encontros, provocamos a discussão sobre o tema e estimulamos que as pessoas, inclusive as que estão participando pelo Facebook, tirem suas dúvidas e compartilhem suas experiências", conta o psicanalista.

Segundo Lenilson, 70 a 80% dos participantes do grupo são mulheres, as maiores vítimas da doença no mundo. "Quando falamos de depressão, temos um desafio muito grande que é o preconceito. E acredito que isso só se combate com informação. No GAP, recebemos portadores da doença e famílias que muitas vezes não sabem como ajudar e a quem recorrer para começar o tratamento. A depressão não tem cura, mas tem controle. É importante que o paciente entenda a doença, seus sintomas e o que pode fazer para melhorar seu quadro", explica.

Além dos encontros mensais na AMF, o GAP também acontece em escolas públicas, entidades religiosas, condomínios, clubes, entre outros lugares. Os interessados podem buscar informações pelo telefone (21) 3741-5594.

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