Se engana quem pensa que ações de sustentabilidade são preocupações exclusivas das empresas e instituições públicas. O conceito é, sim, de responsabilidade compartilhada por todos.
Cada pequena ação, desde a escolha do que consumimos, de onde depositamos nossos resíduos, a forma como cuidamos das pessoas e das finanças, pode contribuir para o bem-estar do planeta, das pessoas e longevidade das instituições.
A sustentabilidade pode ser aplicada na vida de qualquer pessoa, independentemente do estilo de vida e da renda.
Para adotar este movimento, é preciso entender os três pilares cruciais que substituíram o termo sustentabilidade, conhecida como a sigla ESG (Environmental, Social and Governance), que significa investimentos de boas práticas ambientais, sociais e de governança. Além do termo estar em alta e transformando o capitalismo no mundo, ele pode ser aplicado por qualquer pessoa.
Este entendimento é, na verdade, o maior desafio da sustentabilidade, pois é comum observarmos, criticarmos e validarmos as atitudes e ações empresariais, entretanto pouco é observado e praticado pelos cidadãos do mundo:
. Imagine o entendimento ambiental que aquela Senhora que lava a calçada com centenas de litros de água sem necessidade.
. Imagine aquele vizinho que tem o entendimento que pessoas diferentes dele são desqualificadas ou não capazes de desenvolver alguma atividade.
. Imagine aquele indivíduo que sonega impostos há anos e entende que este é o caminho certo a seguir, achando que está se beneficiando de alguma forma.
Os exemplos acima relatam questões diárias, simples, cotidianas e praticadas por diversas pessoas. Estas atitudes são exatamente as questões que deveriam ser influenciadas pelos conceitos de sustentabilidade. O desafio da mudança é gigantesco e com certeza demorado. Enraizar novos hábitos, por iniciativas altruístas, não é fácil.
Esta mudança ocorrerá um dia, mas necessitará de um processo educacional amplificado para que tenha sucesso. A educação em sustentabilidade será a mola alavançadora para uma adoção verdadeira e profunda do tema.
Devemos entender que o tema sustentabilidade exige premissas como persistência e tempo. Estamos ainda em um patamar inicial de entendimento e prática no tema.
Atualmente, a diferença de atuação e atenção para tema é ainda muito diferente para cada país. A construção das premissas mínimas está em pleno vapor.
Observando o Brasil, notamos que ainda temos muito ainda a construir. Encontramos ainda um País com pouca estrutura para tratar resíduos, ocorrências de desmatamento, poluição das águas e muita emissões atmosféricas sem controle.
Percebemos uma sociedade ainda com preconceitos enraizados e pouca atenção ao próximo. E nas questões de governança, temos que construir uma nação que valoriza a ética e o caminho correto, o combate verdadeiro do suborno e desvios de conduta. O caminho ainda é longo.
Um ótimo início é a mudança de comportamento individual; começando por exemplo, por você leitor deste artigo. Como a transformação ocorrerá pela somatória de pequenas ações, devemos provocar todos pelo exemplo e adoção de novos hábitos. Este cenário caracteriza um ótimo início para a mudança esperada. A conduta individual e constante influenciará as pessoas que estão a sua volta e promoverá uma maior capilaridade do tema sustentabilidade.
Quando cada indivíduo entender que são as pequenas ações as mais importantes, o tema passará a ser mais adotado e substancialmente mais forte.
Visualizo um futuro promissor no tema, aplicando em um planeta mais justo, acolhedor, ético e atento ao meio ambiente. A educação ampla, combinada com a capilaridade das pequenas ações, transformará nossa geração, deixando um planeta melhor para as próximas.