Existe a tese que Adolf Hitler quase foi levado para um tratamento psicológico com Freud. Os pais de Hitler, teriam sido aconselhados a leva-lo para o encontro do pai da psiquiatria, para talvez ser tratado da sua intensão de ser o dono da rua, desbancando de vez o Cebolinha. Essa compulsão por tentar dominar o bairro nunca foi tratada, pois o encontro nunca aconteceu. Quais seriam as possíveis consequências desse encontro? A história seria diferente sem Hitler? Ou o governo de Hitler teria sido diferente com o encontro com Freud? A extrema direita como de Hitler seria uma patologia de anomalia é uma ficção conveniente da direita cristã branca.
Chegamos à marca de 500 mil mortos pela COVID-19. Como em um artigo passado, em que falei que 100 mil não era um número, ultrapassamos a marca de 500 mil e continua não sendo um número. E com o inverno, esse número irá multiplicar? Enquanto os EUA que mudaram de política, conseguiram parar o crescimento vertiginoso do número de mortos, estamos enfrentando a maior barbárie, chegando a ser o segundo país em número de mortos, podendo ultrapassar essa barreira em breve e chegarmos a primeiro lugar. Uma triste marca sem previsão de parar enquanto o Brasil não mudar de política genocida.
Agora que os grandes jornais finalmente estão a favor da vida, mostrando a multidão de pessoas nas ruas clamando por vacinas, pode ser que tenhamos um start de mudanças se aproximando. Essa demora da entrada dos grandes jornais mostra a parcialidade em que estávamos envolvidos até então. Quando a crise se torna internacional, vendo o país como párea internacional e até como laboratório de novas cepas, o mundo amplia a voz contra Bolsonaro e não resta mais saída honrada para a grande mídia se não reportar o quanto o presidente já deveria estar sendo julgado em Haia.
O "mercado" não quer carregar a culpa pelo genocídio na História. Ela tolerou a escalada de mortos, pois estava conseguindo seus avanços na política de destruição dos direitos dos trabalhadores e tornando o país dos coronéis novamente, porém, a mídia e a elite bilionária que são os maiores culpados, estipularam que meio milhão de mortos é o limite. Agora se mostrarão indignados e descolar sua imagem dos bolsonaristas. Falar que votaram em branco, que querem uma terceira via, já são discursos mais ouvidos nas ruas, mas eu sei quem são os Bolsonaristas e o que fizeram no verão passado.
Em UM ano e meio de política do governo, foram sacrificados a metade do número de Judeus em campos de concentração na Alemanha em SEIS anos da II Guerra Mundial. A OSDH contabiliza que em UM ano e meio de política do governo, foram sacrificados mais pessoas que em DEZ anos de guerra na Síria. Foram 117 mil civis mortos, sendo 22 mil crianças. A maior guerra já registrada no país não foi páreo para o que vivemos hoje. Em UM ano e meio de política do governo, foram sacrificados mais pessoas do que em SEIS anos da Guerra do Paraguai. Guerra que completou ano passado, 150 anos, e causou cerca de 50.000 mortes entre os brasileiros. Para quem nunca soube qual era a sensação de perda e mutilação enfrentada em guerras, agora ficou claro.
A elucubração de que poderia ter sido diferente a história do mundo com o encontro de Hitler e Freud, nos leva também a discussão de como teria sido se tivéssemos elegido um professor com doutorado ao invés de um militar frustrado e genocida. Mas parece, que o Brasil precisava mais de um vilão do que herói. Que venha Haia!