A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do BNDES voltou a se reunir na manhã de terça (22/10) para votar o relatório final do deputado Altineu Côrtes (PL-RJ). A CPI apurou supostas irregularidades nos contratos internacionais do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no período dos governos petistas, de 2003 a 2015.
O parecer de Côrtes chegou a pedir o indiciamento dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, mas, em busca de acordo, o relator concordou em retirar esses nomes e de outras nove pessoas para conseguir a aprovação do texto. A retirada não gerou o resultado que o parlamentar esperava e o acordo não foi fechado.
Na segunda (21/10) 21 integrantes da CPI assinaram a lista de presença da reunião do colegiado, mas apenas 12 votaram nominalmente o pedido de retirada de pauta do relatório de Côrtes. Como o quórum mínimo para votação é de 18 parlamentares, a reunião foi encerrada.
A terça-feira (22/10) é o prazo final para conclusão dos trabalhos da comissão. O presidente da CPI, deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP), pediu prorrogação do prazo, mas ainda não obteve resposta. Ele afirma que há uma "aliança espúria do PT com partidos do Centrão" para evitar que a CPI vote o texto final. "Claro que essa aliança é na direção de não termos relatório na CPI", criticou Macris.
Nos últimos três anos, esta é a terceira CPI que tenta apurar possíveis irregularidades no BNDES. As outras duas, uma da Câmara (2016) e uma do Senado (2018), não chegaram a resultados concretos.
Fonte: Com Agência Câmara de Notícias