Além de extorquir moradores e cometer homicídios, a milícia que atua em Itaboraí também negociava veículos clonados através do aplicativo de trocas "OLX".
Pelo site, os criminosos ganhavam a confiança dos possíveis compradores e durante a negociação marcavam encontros no município.
Ao chegar no local marcado, os milicianos rendiam os possíveis compradores, roubando pertences, dinheiro e veículos.
Em algumas ações, as vítimas eram levadas para uma área rural da cidade, onde eram ameaçadas de morte pelos criminosos até que seus pertences fosse subtraídos.
Um dos envolvidos na trama foi preso em fevereiro. Ele circulava com um veículo GM Cruisem que posteriormente se verificou tratar de produto de roubo no município de São Gonçalo. Além disso, com o suspeito, foi encontrada uma pistola cal. 9mm, de origem Turca, além de diversos cheques da vítima do roubo do carro.
As investigações apontaram também outros autores que estão sendo identificados a medida que o inquérito policial estiver completamente concluído.
O miliciano preso por praticar esse crime foi decisivo para a elucidação de vários homicídios imputados a integrantes do grupo paramilitar, com localização dos cemitérios clandestinos, situação, inclusive, que permitiu a identificação de mais de 30 corpos de vítimas de assassinatos praticados pela organização criminosa. Muitos corpos foram enterrados em cemitérios clandestinos situados em zona de mata fechada, em área rural deste município, em região de difícil acesso
Além disso, também com auxílio do réu-colaborador foram localizadas armas de fogo de grosso calibre e diversos materiais utilizados pela quadrilha.
Foi com sua colaboração também que a polícia conseguiu identificar 77 pessoas como participantes da milícia e que respondem a processo por isso.