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Traficante Pão com Ovo corrompia policiais e tinha negócios no Paraguai

Sua mulher, conhecida como Princesa, recebia por semana R$ 12 mil de rendimentos do tráfico de drogas.

Por Mario Hugo Monken em 29/10/2019 às 18:07:33

Pão com ovo pagava propinas a policiais, explorava máquinas caça níqueis e tinha negócios no Paraguai. Foto: Divulgação

Investigação feita pela polícia fluminense revela que um dos principais traficantes de Niterói, Luiz Cláudio Gomes, o Pão com Ovo, atualmente preso, pagava propinas a policiais, explorava máquinas caça níqueis e tinha negócios no Paraguai. Ele foi condenado neste mês a 20 anos de prisão.

Sua mulher morava em um apartamento de alto padrão em Icaraí, Zona Sul da cidade, e recebia por semana R$ 12 mil de rendimentos do tráfico de drogas, dinheiro que era entregue por um advogado do marido, que também era responsável de pagar propina a policiais e adquirir bens, em nome de terceiros, com o fim de dissimular a origem do dinheiro proveniente do tráfico de entorpecentes, além de realizar a contabilidade dos negócios.

A quadrilha tinha veículos caros, como Kia Sportage e um Honda City, além de imóveis nas cidades de Cabo Frio e Saquarema, na Região dos Lagos. Entre outros bens, havia uma lavanderia e uma empresa varejista de vestuários. Os suspeitos não apresentam em suas declarações de Imposto de Renda rendimentos que justificassem a origem lícita dos bens em poder.

Pão com Ovo comanda o tráfico da comunidade Nova Brasília, na Engenhoca. Dentro do presídio de segurança máxima Bangu 3, administrava os negócios, determinando por exemplo prática de comércio de entorpecentes, de roubos de veículos, de compra de armas e munições, de corrupção de agentes da lei.

Sua mulher, conhecida como Princesa, que tinha motorista particular, é citada como sendo ao responsável por repassar ordens de Luiz Claudio aos demais traficantes da localidade, sendo responsável pela arrecadação da exploração de caça níqueis, comércio de TV a cabo clandestina, entre outros delitos. Fazia viagens internacionais e foi descoberto ainda recibos de aluguéis de imóveis no Ceará onde possivelmente membros da quadrilha teriam estado.

Um dos gerentes de Pão com Ovo, Carlos Alberto, conhecido como Cascão, chegou a ir ao Paraguai comprar um carregamento de maconha para o bando.

A organização criminosa fazia também a arrecadação dos comerciantes informais que se instalavam na favela quando da ocorrência de eventos na localidade (Funk, Pagode, torneio de futebol).

Por conta desta investigação, o advogado e a mulher do traficante também foram sentenciados.

Pão com Ovo está preso desde 2015 quando foi capturado em um condomínio de luxo em Fortaleza, no Nordeste.


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