Na manhã desta terça-feira (5), a Polícia Federal solicitou a prisão preventiva da ex-presidente da república, Dilma Rousseff. A medida seria uma resposta a investigação do órgão sobre um repasse de R$ 40 milhões para políticos do MDB. Na ocasião, a PF também ordenou à prisão do ex-ministro Guido Mantega, do ex-presidente do Senado, Eunício Oliveira, do ex-senador Valdir Raupp e do ministro Vital do Rêgo, do TCU.
Apesar dos mandados, a Procuradoria Geral da República e o Ministro do Supremo Tribunal Federal, Edison Fachin, negaram os pedidos. Ainda na noite desta terça, a assessoria da ex-presidente emitiu uma nota sobre o assunto. Segundo o comunicado, a notícia é estarrecedora, pois Dilma não era investigada no processo e nunca foi chamada a prestar qualquer esclarecimento.
A seguir, leia parte da nota:
"A ex-presidenta sempre colaborou com investigações e jamais se negou a prestar testemunho perante a Justiça Federal, nos casos em que foi instada a se manifestar. Hoje, 5 de novembro, ela foi convidada a prestar esclarecimentos à Justiça, recebendo a notificação das mãos civilizadas e educadas de um delegado federal. No final da tarde, soube pela imprensa do pedido de prisão.
O pedido de prisão é um absurdo diante do fato de não ser ela mesma investigada no inquérito em questão. E autoriza suposições várias, entre elas que se trata de uma oportuna cortina de fumaça. E também revela o esforço inconsequente do ministro da Justiça, Sérgio Moro no afã de perseguir adversários políticos. Sobretudo, torna visível e palpável o abuso de autoridade. Ainda bem que prevaleceu o bom senso e a responsabilidade do ministro responsável pelo caso no STF, assim como do próprio Ministério Público Federal", concluiu o texto.