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Fundação do Câncer faz campanha mundial para que homens façam exames para prevenir a doença

Brasil apresentou só no ano passado aproximadamente 68 mil novos casos

Por Portal Eu, Rio! em 11/11/2019 às 14:51:26

Foto: Divulgação/Fundação do Câncer

Um homem morre a cada 38 minutos no Brasil devido ao câncer de próstata. Esse tipo de doença representa quase 30% dos casos oncológicos no homem, conforme dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca). Através do movimento mundial Novembro Azul, a Fundação do Câncer vem destacando que os cuidados com a saúde masculina devem se estender por todo o ano, além de fazer o alerta de que o preconceito pode ser a maior barreira para a cura, não somente do câncer de próstata, como de uma série de outros cânceres que atingem a população masculina.

“Entre os tumores malignos que afligem os homens no país, o câncer de próstata é o
segundo mais comum, atrás apenas no câncer de pele não-melanoma. Estima-se que haja 66 casos novos de câncer de próstata a cada 100 mil homens. Por isso, a prevenção é fundamental. O homem não pode desleixar da sua saúde”, diz Luiz Augusto Maltoni Jr, diretor executivo da instituição.

O comportamento do homem em não procurar ajuda faz com que o diagnóstico de muitas doenças seja feito tardiamente. Um levantamento feito pelo Centro de Referência da Saúde do Homem, órgão da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, revela que 60% (1,5 mil) do total de pacientes do sexo masculino acima dos 40 anos já estão com doenças em estado considerado avançado quando procuram tratamento.

“O preconceito é o grande culpado desse cenário. É fundamental tornar os homens mais conscientes da
necessidade de realizarem exames periódicos e acompanhar sua condição de saúde com regularidade”, ressalta Maltoni,
cirurgião oncológico.

Durante o funcionamento da próstata, algumas células podem se desenvolver e multiplicar de forma anormal, provocando o surgimento de um tumor. O câncer de próstata é o segundo mais incidente entre os homens no Brasil, apenas atrás do câncer de pele não melanoma. Estima-se 68.220 mil novos casos da doença no país,
em 2018. O risco estimado é de cerca de 66,12 novos casos para cada 100 mil homens.

Sintomas

A doença pode não apresentar sintomas em sua fase inicial. Em alguns casos, os sinais são parecidos com os do crescimento benigno da próstata, como dificuldade de urinar, necessidade de urinar mais
vezes durante o dia ou à noite. Na fase mais avançada, o paciente pode ter dores nos ossos, sintomas urinários ou, nos casos mais graves, infecção generalizada ou insuficiência renal. Os especialistas alertam da importância do homem procurar atendimento médico já nos primeiros sinais da doença. O exame de PSA é solicitado anualmente para acompanhar as alterações específicas da próstata. O resultado, quando alterado, pode indicar situações como inflamações, infecções, hiperplasia (crescimento benigno) e também o surgimento do câncer de
próstata. O toque retal e a dosagem do PSA servem para indicar a necessidade da biópsia da próstata (retirada e análise de fragmentos da glândula e única forma de confirmar uma suspeita de câncer). A realização de exames é recomendada quando há presença de sinais e sintomas, conforme preconiza o Ministério da Saúde.
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